Isabel dos Santos tem "total disponibilidade e abertura" para voltar à mesa das negociações com o CaixaBank para resolver o problema de excesso de concentração de riscos do BPI em Angola, adiantou fonte próxima dos interesses angolanos ao Negócios.

A empresária angolana afirma ter em mente "o bem do BPI e do sistema financeiro português".

A posição de Isabel dos Santos é conhecida menos de uma hora depois de o CaixaBank ter anunciado a ruptura das negociações com a segunda maior accionista do BPI. O grupo catalão revelou ao supervisor da bolsa espanhola que "não se conseguiram reunir as condições necessárias para alcançar um acordo com a Santoro Finance".

 

Recorde-se que o BPI tem até 10 de Abril para definir a forma como vai reduzir a sua exposição a Angola, como exige o Banco Central Europeu. Há 15 meses que os dois maiores accionistas do banco têm vindo a procurar soluções nesse sentido.

 

Isabel dos Santos vetou a cisão dos activos africanos do BPI, solução apadrinhada pelo BCE que inviabilizou a solução que passava pela venda de 10% do Banco de Fomento Angola (BFA) à Unitel, empresa cuja gestão é controlada por Isabel dos Santos e que já controla 49,9% do BFA.

(Notícia actualizada às 19:18 com mais informação)