Notícia
CaixaBank anuncia ruptura com Isabel dos Santos no BPI
"O CaixaBank informa que não se conseguiram reunir as condições necessárias para alcançar um acordo com a Santoro Finance". É assim que o grupo catalão anuncia a ruptura com Isabel dos Santos no BPI.
O CaixaBank e Isabel dos Santos acabam de romper as negociações para encontrarem uma solução para o problema de excesso de concentração de riscos em Angola.
"O CaixaBank informa que não se conseguiram reunir as condições necessárias para alcançar um acordo com a Santoro Finance", adianta a instituição catalã em comunicado ao supervisor da bolsa de Espanha.
O maior accionista do BPI, com 44,1% garante que vai "continuar a colaborar e a apoiar o BPI para encontrar uma solução para a situação de excesso de concentração de riscos decorrente da sua participação de controlo no BFA".
Não são dados mais esclarecimentos mas o BPI tem até 10 de Abril para diminuir a sua exposição a Angola em quase 3 mil milhões de euros, conforme decidiu o Banco Central Europeu há 464 dias. Não cumprindo essa redução, o banco liderado por Fernando Ulrich arrisca ter de pagar uma multa diária de 162 mil euros a partir daquela data.
Desde o final de 2014 que o BPI revelou esta decisão do BCE mas, no entanto, os dois maiores accionistas (CaixaBank, com 44%, e a Santoro, com 18,6%) nunca chegaram a acordo sobre a forma como consegui-lo. E o acordo entre os dois é essencial dado que os estatutos do banco sob o comando de Fernando Ulrich estão blindados: nenhuma accionista pode votar por mais de 20% dos direitos de voto. O que confere idêntico poder aos dois accionistas.
Nem a oferta pública de aquisição lançada pelos catalães nem a cisão dos activos africanos, proposta pela gestão do BPI com o "sim" do Caixabank, mereceram a aprovação da empresária angolana Isabel dos Santos. A sua proposta de análise de uma fusão entre o BPI e o BCP também nunca avançou.
Nas últimas semanas, a negociação passava pela venda da posição de Isabel dos Santos no BPI ao CaixaBank sendo que, em contrapartida, o BPI reduzia a sua participação no BFA, vendendo capital à empresária, cumprindo assim as obrigações perante o BCE. Não vingou.
(Notícia actualizada às 19:11 com mais informações)
"O CaixaBank informa que não se conseguiram reunir as condições necessárias para alcançar um acordo com a Santoro Finance", adianta a instituição catalã em comunicado ao supervisor da bolsa de Espanha.
Não são dados mais esclarecimentos mas o BPI tem até 10 de Abril para diminuir a sua exposição a Angola em quase 3 mil milhões de euros, conforme decidiu o Banco Central Europeu há 464 dias. Não cumprindo essa redução, o banco liderado por Fernando Ulrich arrisca ter de pagar uma multa diária de 162 mil euros a partir daquela data.
Desde o final de 2014 que o BPI revelou esta decisão do BCE mas, no entanto, os dois maiores accionistas (CaixaBank, com 44%, e a Santoro, com 18,6%) nunca chegaram a acordo sobre a forma como consegui-lo. E o acordo entre os dois é essencial dado que os estatutos do banco sob o comando de Fernando Ulrich estão blindados: nenhuma accionista pode votar por mais de 20% dos direitos de voto. O que confere idêntico poder aos dois accionistas.
Nem a oferta pública de aquisição lançada pelos catalães nem a cisão dos activos africanos, proposta pela gestão do BPI com o "sim" do Caixabank, mereceram a aprovação da empresária angolana Isabel dos Santos. A sua proposta de análise de uma fusão entre o BPI e o BCP também nunca avançou.
Nas últimas semanas, a negociação passava pela venda da posição de Isabel dos Santos no BPI ao CaixaBank sendo que, em contrapartida, o BPI reduzia a sua participação no BFA, vendendo capital à empresária, cumprindo assim as obrigações perante o BCE. Não vingou.
(Notícia actualizada às 19:11 com mais informações)