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Investidores nos EUA processam Credit Suisse por "falsas declarações"

O processo acusa a instituição financeira de ocultar informação relevante e afirma mesmo que o relatório e contas de 2021 apresentam "declarações que são materialmente enganadoras e falsas".

Depois de perderem mais de 24% na quarta-feira, as ações do Credit Suisse ganharam 19,15% no dia seguinte.
Ennio Leanza/Epa
17 de Março de 2023 às 14:10
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O Credit Suisse foi alvo de uma ação coletiva proposta por investidores do banco suíço num tribunal distrital de New Jersey, nos Estados Unidos.  

O processo acusa a instituição financeira de ocultar informação relevante e afirma mesmo que o relatório e contas referentes a 2021 apresentam "declarações que são materialmente enganadoras e falsas".

 

Na terça-feira, o Credit Suisse anunciou que detetou falhas nos procedimentos de controlo interno dos relatórios financeiros dos últimos dois anos. A informação foi divulgada no relatório e contas anuais da instituição suíça.

 

O banco apontou que a "gestão não desenhou nem manteve uma política de avaliação de risco eficaz para identificar e analisar o risco de erros nos relatórios financeiros".

"O conselho de diretores concluiu que esta falha poderia resultar em erros no saldo de contas ou informações que acabariam em erros nas demonstrações financeiras anuais do Credit Suisse, que não seriam prevenidas ou detetadas", pode ler-se no relatório em causa.

 

Este reconhecimento foi proferido dias depois de o banco ter recebido uma chamada do supervisor norte-americano - a Securities and Exchange Comission (SEC) - que levantou questões sobre os relatórios de 2019 e 2020, o que levou o Credit Suisse a adiar a apresentação do relatório e contas.

 

O processo salienta assim que, no relatório e contas de 2021, os investidores não foram informados sobre estas falhas nos procedimentos de controlo interno.

 

Os acusadores apontam ainda a mira ao "chairman" do banco, Alex Lehman, por este ter afirmado publicamente em dezembro que os levantamentos dos depósitos do banco "tinham basicamente parado", quando na realidade segundo a denúncia, tinha existido uma onda de resgates massivos dos depósitos custodiados pelo Credit Suisse durante o último trimestre do ano passado. 

 

Além de Alex Lehman, há outros atuais e ex-funcionários do Credit Suisse que os investidores querem ver sentados no banco dos réus.

 

A sociedade de advogados que representa os investidores é a Rosen, a primeira a processar o Silicon Valley Bank, após o seu colapso.

 

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