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Imparidades do Novo Banco “estão em linha” com o sistema financeiro

O presidente do Fundo de Resolução garante que a situação do Novo Banco é agora muito diferente em relação ao período em que era um banco de transição.

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Março de 2019 às 19:17
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Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, afirma que o nível das imparidades do Novo Banco acompanha as do restante sistema financeiro. Isto depois de várias críticas ao valor constituído pelo banco liderado por António Ramalho.

 

"A imparização do Novo Banco está em linha com o do sistema financeiro", nota o presidente do fundo perante os deputados, na comissão de Orçamento e Finanças, esta quarta-feira, 20 de março. 

 

Uma realidade que mudou desde que o Novo Banco, que nasceu da resolução do Banco Espírito Santo, em agosto de 2014, deixou de ser um banco de transição com a venda em outubro de 2017 ao fundo Lone Star. 

 

"Com certeza que enquanto o Novo Banco era um banco de transição a situação era um pouco diferente", assim como as prioridades. "Mas naquela altura o banco vivia uma situação muitíssimo difícil."

Máximo dos Santos relembra ainda que o Novo Banco é uma entidade supervisionada pelo Banco Central Europeu (BCE), portanto, a "constituição de imparidades está também sujeita ao crivo do BCE". 

O Novo Banco considerou este domingo que as imparidades constituídas para fazer face às perdas em créditos são adequadas e que "qualquer opinião em contrário é tecnicamente incorreta e desprovida de qualquer fundamento".

 

Em informação enviada à Lusa, o Novo Banco "sublinha que não possui imparidades superiores às exigíveis, nem inferiores às julgadas necessárias" e que os dados sobre o assunto são "facilmente comprováveis e naturalmente auditáveis".

 

Esta resposta surgiu depois de várias personalidades, como políticos, terem colocado em causa o valor das imparidades (provisões para perdas, nomeadamente com crédito malparado) constituídas pelo Novo Banco, o que tem influência no pedido de recapitalização ao Fundo de Resolução.

 

Foi o caso de Rui Rio, presidente do PSD, que defendeu a realização de uma auditoria ao Novo Banco, para avaliar "se as imparidades [redução do valor contabilístico de um ativo] são reais ou se estão a ser empoladas", notando ter sobre o caso "informações de alguma gravidade".

(Notícia atualizada às 19:35 com mais declarações)

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