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HSBC aposta na IA após alegada fraude de Filomeno dos Santos

O banco britânico está a utilizar robots para identificar situações de lavagem de dinheiro, fraudes e financiamento de terrorismo.

09 de Abril de 2018 às 15:36
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O banco HSBC recorreu a Inteligência Artificial enquanto forma mais rápida e mais barata de combate ao crime financeiro, designadamente para identificar situações de lavagem de dinheiro, fraudes e financiamento de terrorismo.

 

O Financial Times (FT) escreve que os maiores bancos europeus avaliam a possibilidade de incorporar software de IA da Quantexa, uma start-up britânica, com o objectivo de mapear a vasta informação dos seus clientes e respectivas transacções e contrapor a mesma face aos dados acessíveis ao público enquanto forma de identificação de actividades suspeitas.

 

Ao longo dos últimos anos, muitos bancos europeus têm sido alvo de coimas por falharem na identificação de actividades ilícitas relacionadas com contas mantidas nessas instituições. O recurso à IA corresponde a um esforço para identificar acções suspeitas de forma mais eficiente e barata do que através das tradicionais equipas de observância das regras.

O FT nota que, segundo dados da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido, os bancos com actividade no país despendem 5 mil milhões de libras (5,73 mil milhões de euros) por ano no combate ao crime financeiro.

Esta aposta do HSBC, explica o FT, surge meses depois de o banco ter congelado uma conta relacionada com uma alegada fraude de José Filomeno dos Santos, filho do ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos, entretanto exonerado da liderança do Fundo Soberano de Angola.

Em causa está o congelamento de uma conta ligada à suposta fraude de 500 milhões de dólares (407 milhões de euros) cometida pelo ex-presidente do Fundo Soberano de Angola.

Esta segunda-feira, o Ministério das Finanças de Angola confirmou ter recuperado os 500 milhões de dólares transferidos para a referida conta bancária em Londres. "Como resultado das várias diligências encetadas, cumpre-nos levar ao conhecimento público que os 500 milhões de dólares americanos já foram recuperados, estando em posse do BNA [Banco Nacional de Angola]", lê-se num comunicado enviado esta manhã à Lusa. 

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