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Grandes bancos norte-americanos superam "testes de stress" da Fed
Os grandes bancos dos Estados Unidos têm capital suficiente para aguentar uma grave recessão económica e todos, à excepção de um, passaram nos "testes de stress" a que foram submetidos pela Reserva Federal (Fed), informou, esta quinta-feira, o organismo.
Os esforços das instituições bancárias para aumentar o seu capital desde a crise financeira norte-americana, que estalou em 2007, permitiram a 17 dos 18 bancos analisados pela Fed passarem os 5 % do rácio de capital de maior qualidade, fixado como mínimo pela Reserva Federal.
Os bancos submetidos às novas provas de resistência realizadas pelo organismo face a um cenário de extrema crise financeira representam mais de 70% da participação dos activos bancários totais dos Estados Unidos.
"As maiores 'holdings' bancárias do país estão numa posição de capital muito mais forte do que antes da crise financeira", disse a Fed, num comunicado, citado pela Efe.
Só a Ally Financial Inc. ficou abaixo do índice de 5 %, enquanto a Morgan Stanley mostrou um rácio de 5,7 % e a Goldman Sachs Group Inc. uma proporção de 5,8 %.
O hipotético cenário com que foram confrontados os bancos na segunda 'ronda' de "testes de stress" era particularmente grave: taxa de desemprego de 12,1 %, uma perda de aproximadamente 50 % do preço dos seus activos em bolsa e uma queda do mercado imobiliário na ordem dos 20 %.
As perdas conjuntas das 18 entidades analisadas ascenderiam, no global e perante esta situação, a 462.000 milhões de dólares durante os nove trimestres que duraria o cenário económico projectado pela Fed.
Os critérios a cumprir neste tipo de testes, assentes nos requisitos do tratado internacional de Basileia III, eram mais rigorosos que o mínimo de 4 % de rácio de capital exigido nas provas de 2009.
No ano passado, quatro dos 19 bancos submetidos a testes de resistência não chegaram ao mínimo.