Notícia
Governo perde apoios no Parlamento para venda do Novo Banco
Nem à esquerda, nem à direita. O Governo informou hoje os partidos sobre as negociações para a venda do Novo Banco. Se o assunto for ao Parlamento, Governo pode não ter apoios que cheguem para viabilizar venda.
O Governo reuniu-se com os partidos para os informar sobre as negociações para a venda do Novo Banco mas se vier a precisar de apoio no Parlamento - como pode vir a acontecer por vontade do Bloco de Esquerda - o Governo pode não ter os apoios suficientes para viabilizar a solução que está a ser negociada para a alienação do banco que resultou do fim do BES.
O Bloco de Esquerda mantém que é contra a venda do Novo Banco e na segunda-feira a líder do partido disse que a solução que está em cima da mesa é o "pior de dois mundos, já que o Estado assume risco mas não participa da gestão.
O Governo quer fechar até ao final desta semana a venda do Novo Banco e está a fechar com a Comissão Europeia o modelo em que o vai fazer. Em cima da mesa está o cenário de o Estado ficar com 25% do capital (vendendo apenas 75%), mas não participando na gestão do banco.
Tal como o Negócios noticiou, o Bloco considera que não é concebível que a venda do Novo Banco não passe pelo Parlamento. Os bloquistas querem que este assunto seja discutido e votado na Assembleia. O modelo como isso será concretizado não está definido, até porque o Bloco ainda não sabe como o Governo o fará - se por decreto-lei ou outro instrumento legislativo.
Sem o apoio do Bloco - cujo objectivo será sempre reverter a venda -, o Governo perde a maioria de esquerda, que na hora de votação possa dar viabilidade à venda da instituição.
À direita esse apoio também não é certo. Para já, PSD e CDS recordam que o Governo tem uma maioria no Parlamento, à esquerda, repetindo assim o argumento que têm usado.
"O PSD esclarece apenas que não foi solicitado pelo Governo ao PSD qualquer apoio para a decisão que pretende tomar e que o Governo, como é por demais sabido, dispõe de maioria parlamentar para suportar as suas escolhas políticas mais importantes", disse uma fonte do grupo parlamentar do PSD à Lusa.
O CDS vai pelo mesmo caminho. "O CDS confirma a participação numa reunião solicitada pelo Governo, sobre o Novo Banco com carácter meramente informativo. No mais, quanto ao tema concreto tratado, o Governo dispõe de uma maioria parlamentar de apoio da qual o CDS não faz parte", afirmou fonte da direcção centrista ao Negócios.
A falta de apoio da oposição ao Governo pode voltar a deixar o Governo em maus lençóis, se de facto houver uma votação no Parlamneto, como aconteceu no caso da redução da Taxa Social Única (TSU), em que o Bloco forçou a votação da medida no Parlamento que acabou por ser travada. No entanto, é já notório que ao contrário do que aconteceu naquela situação, desta vez o Governo está a informar todos os partidos do que se está a passar.
As cedências do Governo na venda do Novo Banco:
Maria João Gago, redactora principal do Negócios, explica quais foram as cedências do Governo a Bruxelas para fechar a venda do Novo Banco, operação que deverá ser anunciada esta semana.
O Bloco de Esquerda mantém que é contra a venda do Novo Banco e na segunda-feira a líder do partido disse que a solução que está em cima da mesa é o "pior de dois mundos, já que o Estado assume risco mas não participa da gestão.
Tal como o Negócios noticiou, o Bloco considera que não é concebível que a venda do Novo Banco não passe pelo Parlamento. Os bloquistas querem que este assunto seja discutido e votado na Assembleia. O modelo como isso será concretizado não está definido, até porque o Bloco ainda não sabe como o Governo o fará - se por decreto-lei ou outro instrumento legislativo.
Sem o apoio do Bloco - cujo objectivo será sempre reverter a venda -, o Governo perde a maioria de esquerda, que na hora de votação possa dar viabilidade à venda da instituição.
À direita esse apoio também não é certo. Para já, PSD e CDS recordam que o Governo tem uma maioria no Parlamento, à esquerda, repetindo assim o argumento que têm usado.
"O PSD esclarece apenas que não foi solicitado pelo Governo ao PSD qualquer apoio para a decisão que pretende tomar e que o Governo, como é por demais sabido, dispõe de maioria parlamentar para suportar as suas escolhas políticas mais importantes", disse uma fonte do grupo parlamentar do PSD à Lusa.
O CDS vai pelo mesmo caminho. "O CDS confirma a participação numa reunião solicitada pelo Governo, sobre o Novo Banco com carácter meramente informativo. No mais, quanto ao tema concreto tratado, o Governo dispõe de uma maioria parlamentar de apoio da qual o CDS não faz parte", afirmou fonte da direcção centrista ao Negócios.
A falta de apoio da oposição ao Governo pode voltar a deixar o Governo em maus lençóis, se de facto houver uma votação no Parlamneto, como aconteceu no caso da redução da Taxa Social Única (TSU), em que o Bloco forçou a votação da medida no Parlamento que acabou por ser travada. No entanto, é já notório que ao contrário do que aconteceu naquela situação, desta vez o Governo está a informar todos os partidos do que se está a passar.
As cedências do Governo na venda do Novo Banco:
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