Notícia
Cristas favorável à venda total do Novo Banco
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, disse hoje que o partido aguarda para saber em concreto o que está a ser preparado pelo Governo para a venda do Novo Banco, reiterando ser favorável à alienação total da instituição.
"Nós aguardamos para saber em concreto o que é que está a ser preparado, o que é que está a ser decidido, seja pelo Banco de Portugal, seja pelo Governo, mas o que lhe posso dizer é que nós, de base, somos favoráveis a uma venda total do Novo Banco", respondeu Assunção Cristas à agência Lusa quando questionada sobre a venda do Novo Banco.
À margem de uma visita à Escola Secundária Ibn Mucana, em Alcabideche, Cascais, a líder centrista disse apenas querer saber "em detalhe, exactamente qual é o projecto", porque "até agora o que há é notícias, mas não há nenhuma comunicação por parte do próprio Governo" e, portanto, a posição de base do CDS-PP "não se alterou".
"O CDS é defensor de um banco 100% público -- chama-se Caixa Geral de Depósitos -- e entende que o resto da banca não deve ter participação do próprio Estado. Essa é a nossa posição de base e é este o enquadramento com o qual nós reflectiremos sobre todas as posições e neste momento nada se alterou nessa matéria para nós também termos que estar aqui a alterar uma posição", sublinhou.
O primeiro-ministro, António Costa, revelou hoje que o Governo tem a expectativa de concluir a venda do Novo Banco até ao final desta semana.
No Funchal, na ilha da Madeira, questionado pela agência Lusa se a situação do Novo Banco estaria resolvida até ao final da semana, António Costa respondeu apenas: "Sim, é essa a expectativa que temos".
Na segunda-feira, a coordenadora do BE, Catarina Martins, insistiu que é um "erro" vender o Novo Banco a privados, salientando que o Governo não terá o apoio do partido neste processo.
No mesmo dia, o PCP disse que não tem prevista nenhuma reunião com o Governo sobre o Novo Banco e reafirmou que a instituição deve ser integrada no sector público bancário.
A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admitiu também na segunda-feira a possibilidade de o Estado português manter 25% do capital do Novo Banco, mas apontou que então deverá assumir outros compromissos, escusando-se a especificar quais.