Notícia
Governo pede auditoria à CGD mas diz que não quer saber resultados
"Não foi solicitada a entrega da auditoria ao Governo", diz Ricardo Mourinho Félix em relação ao exercício a cargo da EY sobre os actos de gestão no banco público.
O Governo não pediu para conhecer a auditoria que pediu aos actos de gestão da Caixa Geral de Depósitos, que cobre o período entre 2000 e 2015. Uma auditoria, realizada pela EY, que foi o próprio Governo a solicitar.
"A informação que tenho é que está praticamente terminada", frisou Ricardo Mourinho Félix na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa desta quarta-feira, 30 de Maio, onde o tema era Novo Banco.
O presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, já tinha afirmado que, neste momento, estava a ocorrer a fase de revisão de qualidade de auditoria, por parte da PwC.
"Ela vai ser entregue às autoridades de supervisão e ao Ministério Público, se nessa auditoria se identificaram situações enquadráveis em cada uma destas situações [suspeitas criminais, no caso do Ministério Público]", afirmou Mourinho Félix no Parlamento.
E foi aí que o secretário de Estado Adjunto e das Finanças revelou que "não foi solicitada a entrega da auditoria ao Governo".
Tinha sido o Governo a pedir uma auditoria aos actos de gestão, incluindo venda de créditos e de participações financeiras, entre 2000 e 2015. Ficou a cargo da EY.
Neste momento, é ainda uma incógnita como é que será – e se será – feita a divulgação da auditoria ou das principais conclusões a que chegou.
A auditoria seguiu após a capitalização da CGD com 3,9 mil milhões de euros de dinheiros públicos.