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Governo garante que CGD estava a caminho do resgate 

Mário Centeno defende que, mantendo a postura de Maria Luís Albuquerque, a Caixa Geral de Depósitos poderia impor perdas a accionistas, obrigacionistas e depositantes com mais de 100 mil euros. 

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26 de Abril de 2017 às 13:11
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"Se tivéssemos a mesma atitude, a mesma coisa [que aconteceu com o Banif] ia acontecer à Caixa Geral de Depósitos". A afirmação é de Mário Centeno: a postura crítica é a de "inacção" face aos problemas do sector bancário.

 

Na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, esta quarta-feira 26 de Abril, o ministro das Finanças afirmou que o resgate do banco público estava próximo se nada fosse feito.

 

"Não teríamos o retorno esperado nem os CoCos seriam pagos. Teríamos um ‘bail-in’ da Caixa Geral de Depósitos porque não tinha capital para permanecer com as exigências regulatórias que tem em cima da mesa", alertou Mário Centeno, fazendo o percurso feito se tivesse sido mantida a postura do Governo anterior, em que Maria Luís Albuquerque era ministra das Finanças. 

 

O ‘bail-in’ é a aplicação de perdas aos accionistas e credores dos bancos – no caso da CGD, a aplicação de perdas aos accionistas iria afectar directamente o Estado português, mas também seriam impostas aos detentores de dívida emitida pelo banco e, possivelmente, aos depositantes com 100 mil euros por titular. António Domingues já tinha avançado com esta possibilidade caso não houvesse um entendimento com Bruxelas e Frankfurt. 

 

"O anterior Governo deixou a administração a CGD com uma administração subcapitalizada, incapaz de cumprir o plano de negócios, à espera de cumprir qualquer coisa no futuro", disse Centeno, defendendo a sua capitalização de 3,9 mil milhões de euros com dinheiros estatais.

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