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Governo, bancos e sindicatos chegam a acordo. Bancários reformados vão receber meia pensão

Os bancos vão adiantar o dinheiro, sendo ressarcidos mais tarde. A solução deve custar até 35 milhões de euros. O Mais Sindicato espera que pensionistas recebam o dinheiro nas contas "o mais rapidamente possível"

Pressionados pela diminuição de outras fontes de receita e pelo esmagamento da margem financeira, os bancos voltam-se cada vez mais para as comissões.
João Cortesão
11 de Janeiro de 2023 às 16:41
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Após semanas de negociação entre os bancos, as estruturas sindicais da UGT e o Governo, os bancários reformados vão mesmo receber a meia pensão para mitigar os efeitos da inflação.

A informação foi avançada em comunicado conjunto dos três sindicatos do setor afetos à UGT - o Mais, Sindicato o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e o Sindicato dos trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN). As estruturas confirmam que foi encontrada uma solução e adiantam que o acordo deverá ser assinado "nos próximos dias".

Os detalhes não foram revelados, mas, contactado pelo Negócios, o presidente do Mais diz acreditar que a solução deverá apontar para que os bancos, através dos fundos de pensões, adiantem o pagamento aos pensionistas, sendo depois ressarcidos pelo Estado.

O envelope financeiro, indica António Fonseca, não deverá ser superior a 35 milhões de euros

A decisão deverá ser vertida num decreto-lei que o Governo enviará para a Assembleia da República, onde deverá ser aprovado, dada a maioria absoluta e a receção positiva de todos os partidos às pretensões sindicais. O presidente do Mais espera que os pensionistas recebam "o mais rapidamente possível". No caso dos principais bancos, as transferências devem ocorrer "no máximo no mês que vem".

SNQTB também acredita numa solução em breve

Igualmente contactado pelo Negócios, o presidente do Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB) preferiu não comentar o anúncio. Paulo Gonçalves Marcos sublinha que a organização entregou na Assembleia uma petição com 9 mil assinaturas para o pagamento da meia pensão e que nesta quarta-feira foi ouvido na comissão de Trabalho e Segurança Social sobre o tema, existindo um "amplo consenso" no parlamento que permite que estejam "reunidas as condições para que tudo seja feito de forma célere".

O SNQTB marcou para esta quinta-feira manifestações em Lisboa, junto às sedes do Novo Banco e Santander Totta e a instalações do BPI na capital. Nos cartazes, além do tema dos pensionistas, estará também o das propostas de aumentos dos salários feitas pelos bancos para 2023. O SNQTB propôs valorizações de 6,25% e os bancos responderam com 2,5%.

Em setembro, o Governo anunciou o pagamento de meia pensão aos reformados. A medida incluída no pacote de mitigação dos efeitos da inflação é válida para os pensionistas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações, deixando de fora quem descontou para fundos de pensões privados - é o caso de mais de 20 mil antigos funcionários da banca.

Não foi possível contactar, em tempo útil, o Sindicato Independente da Banca.
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