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Goldman Sachs começa a retirar trabalhadores de Londres já em 2018

O banco norte-americano vai transferir funcionários para várias cidades da UE, incluindo Madrid, Milão e Paris, para garantir o acesso continuado ao mercado único da UE.

Reuters
28 de Abril de 2017 às 17:33
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O Goldman Sachs vai começar a retirar operações e trabalhadores de Londres e a transferi-los para outros escritórios dentro da União Europeia já no próximo ano.

 

A informação foi avançada pelo vice-presidente da instituição, Richard Gnodde, numa altura em que o Goldman Sachs se prepara para o Reino Unido perder acesso ao mercado único depois do Brexit.

 

De acordo com o responsável, o Goldman Sachs vai transferir funcionários para várias cidades da UE, incluindo Madrid, Milão e Paris. "A forma correcta de pensar sobre isto é que é como comprar um seguro", explicou Gnodde, citado pela Bloomberg. "Esperamos não ter de usar, mas se usarmos vamos agradecer por ter tudo em ordem".

 

No decorrer deste ano, a instituição decidirá que unidades vão para onde e quantos trabalhadores serão deslocados. De acordo com uma fonte do banco referida pela agência noticiosa, o Goldman Sachs está a considerar tornar Frankfurt, na Alemanha, a sua principal sede na UE, e realocar cerca de mil funcionários.

 

O plano da instituição financeira norte-americana não é, porém, inédito. A decisão dos britânicos de abandonar a União Europeia está a levar grandes bancos globais a preparem planos para retirar trabalhadores e operações da city londrina para garantirem um acesso continuado ao mercado da UE, após o divórcio do Reino Unido.

 

A Bloomberg sublinha que outros bancos discutiram os seus planos esta semana, em conference calls, apresentações de resultados e reuniões de accionistas. Ainda esta sexta-feira o presidente do HSBC Douglas Flint disse que, embora o banco preferisse manter funcionários no Reino Unido, planeia transferir cerca de mil trabalhadores para Paris nos próximos dois anos.

 

Também Sergio Ermotti, CEO do UBS, afirmou esta sexta-feira que o Governo do Reino Unido não está a ajudar a indústria "a ficar em Londres e a fazer coisas em Londres".

 

Jes Staley, CEO do Barclays já havia dito no início da semana que a instituição vai dar início aos seus planos de realocação dentro de seis meses.

 

De acordo com o "think tank" Bruegel, Londres poderá perder 10 mil postos de trabalho na banca e 20 mil relacionados com serviços financeiros. 

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