Fernando Ulrich aproveitou a apresentação dos resultados do BPI de 2016 para contestar a visão de que o prospecto da OPA do CaixaBank faz críticas à gestão do banco. Até porque o banqueiro "não conseguiu vislumbrar essas críticas". 

 
O BPI tem uma "rentabilidade inferior aos pares" a nível doméstico, "níveis de eficiência significativamente abaixo dos seus comparáveis" no negócio em Portugal e é dos bancos "com maiores exigências de solidez". Estas ideias constam no prospecto da oferta pública de aquisição (OPA) do Caixabank sobre o BPI e ajudam a justificar o preço que o CaixaBank pôs em cima da mesa. O grupo catalão oferece 1,134 euros por acção, em linha com as regras de definição da contrapartida de uma OPA obrigatória. Um valor que os accionistas minoritários contestam, mas que passou no crivo da CMVM.

Para o gestor, as estimativas de redução de trabalhadores do grupo catalão - 900 pessoas - "é igual ao que fizemos nos últimos anos". "Esse número não é uma revolução nem muito radical", defendeu. "Só em 2016 o bpi reduziu 400 trabalhadores". 

Relativamente a um possível encerramento de balcões, Ulrich considera que "não há muito espaço para fechar" mais agências, dada a política de proximidade que o CaixaBank tem com os clientes. 

"Não encontrei críticas à gestão. Sou suspeito, porque tenho muito orgulho no banco. Os resultados falam por si. São muito bons. Não há muitos bancos que tenham um caminho como o nosso". 

Sobre a avaliação que que o grupo catalão faz da rentabilidade do BPI em 2015, que considera baixa, Ulrich diz que também concorda. 

(Notícia actualizada às 18:30 com mais informação)