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Fed dá boa nota a 35 bancos na primeira fase dos testes de stress

Segundo o relatório da Fed, as maiores holdings bancárias a operarem nos EUA "estão fortemente capitalizadas e teriam capacidade para conceder empréstimos às famílias e empresas durante uma recessão global severa".

Bloomberg
22 de Junho de 2018 às 00:12
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A Reserva Federal norte-americana divulgou na noite desta quinta-feira, 21 de Junho, os resultados da primeira fase dos seus testes de stress anuais à banca, realizados no âmbito da Lei Dodd-Frank promulgada após a crise financeira de 2008.

E as conclusões são animadoras: os 35 bancos escrutinados tiveram todos cartão verde quanto à sua capacidade de resistirem a choques económicos.

Todos os bancos sujeitos a esta primeira fase dos testes de stress anuais excederam os requisitos mínimos, apesar de o Goldman Sachs ter ficado aquém das restantes entidades de Wall Street no que diz respeito ao indicador-chave da alavancagem.

 

Segundo o relatório da Fed, as maiores holdings bancárias a operarem nos EUA "estão fortemente capitalizadas e teriam capacidade para conceder empréstimos às famílias e empresas durante uma recessão global severa".

Estes resultados - pelo terceiro ano consecutivo, os bancos excederam os requisitos mínimos de capital impostos pela Reserva Federal - mostram assim que foi superada com êxito a primeira fase dos testes.

 

Na segunda fase destes testes, a Fed avalia a robustez financeira das maiores instituições financeiras a operarem nos EUA (o requisito é que tenham mais de 50 mil milhões de dólares em activos) e analisa se estas dispõem de amortecedores de capital suficientes para sobreviverem a uma crise semelhante à de 2008.

Esta avaliação à qualidade dos activos da banca, conhecida como Comprehensive Capital Analysis and Review (CCAR [Análise e Avaliação Abrangente do Capital]), é essencial para os bancos, já que determina se eles podem avançar com os seus programas de distribuição de dividendos e de recompra de acções nos próximos 12 meses.

 

Só quando são divulgados os resultados da segunda fase - o que deverá acontecer dentro de uma semana - é que se pode dizer que um banco "passou" ou "chumbou" nos testes de stress.

Recorde-se que durante a crise financeira que teve início em 2008 nos EUA e contagiou o mundo inteiro, muitos bancos considerados "demasiado grandes para falir" [dada a sua importância sistémica] tiveram de contar com os contribuintes para serem resgatados.

 

Depois disso, têm vindo a ser introduzidas normas regulatórias a nível mundial no sentido de evitar uma réplica daquela crise no futuro.

 

Essas regras dizem respeito, nomeadamente, à transparência dos instrumentos financeiros e à tomada de risco por parte do sector financeiro, onde se incluem os requisitos de capital destinados a amortecer eventuais choques – daí que haja também os chamados ‘testes de stress’ nos Estados Unidos e Europa, que visam avaliar a resiliência do sector financeiro a cenários hipotéticos de descarrilamento das economias.

 

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