Notícia
Deutsche Bank vai cortar 6 mil empregos
O maior banco alemão pretende eliminar 6 mil postos de trabalho na unidade de banca de retalho.
A administração do Deutsche Bank pretende cortar 6 mil empregos na unidade de banca de retalho do maior banco alemão, noticiou a Bloomberg.
O número de postos de trabalho a reduzir na unidade recentemente criada pelo Deutsche Bank é ainda provisório, pois não decorreram ainda as negociações com os sindicatos e as comissões que representam os trabalhadores.
O plano de corte de postos de trabalho durará até 2022 e prevê a saída de mil trabalhadores por ano através de rescisões voluntárias e saídas naturais.
Já se antecipava que o maior banco alemão pretendia reduzir a força de trabalha na unidade de banca de retalho, que foi recentemente criada através da fusão entre a antiga unidade do banco e a sua subsidiária Postbank.
O CEO John Cryan tem como objectivo cortar 900 milhões de euros aos custos anuais do Deutsche Bank. Esta nova onda de redução de empregos no banco alemão soma-se aos 9.000 que o banco alemão tinha anunciado em 2015 que pretendia eliminar até 2020.
Segundo a Bloomberg, apesar de só agora se falar de números a nível global, o corte de empregos na unidade de retalho já começou no final do ano passado através de um programa de rescisões voluntárias.
Nos últimos tempos têm sido vários os bancos a nível global a anunciar cortes de postos de trabalho de elevada dimensão, sobretudo nas unidades de retalho, devido à digitalização dos seus serviços e menor utilização das agências bancárias por parte dos clientes.
Administração sem bónus
O maior banco alemão também foi notícia este fim-de-semana devido à decisão da sua administração de prescindir dos bónus pelo terceiro ano seguido.
O CEO disse ao jornal Die Zeit que os 12 membros do Conselho de Administração não vão receber a remuneração variável relativa ao exercício de 2017, ano em que o banco registou um prejuízo de 500 milhões de euros.
Em sentido inverso, o Deutsche Bank decidiu aumentar os gastos com o pagamento de bónus aos trabalhadores, definindo um montante que segundo a Bloomberg ascende a 2 mil milhões de euros, bem acima dos 546 milhões de euros do ano passado.