O número de sinistros automóveis aumentou no ano passado cerca de 2,5%, para 800 mil, em comparação com o período homólogo. No entanto, os custos para as seguradoras do ramo recuaram perto de 1,5% - fechando o ano com 1,2 mil milhões de euros –, ligeiramente abaixo do custo real no ano anterior, quando se registaram 780 mil sinistros.

Estes dados, ainda preliminares, foram adiantados ao “DN” pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), cujo presidente fala num “crescimento de pequenos sinistros, muitos deles associados a coberturas acessórias, como a quebra de vidros, que estão presentes em grande parte das apólices”.

Pedro Seixas Vale assinalou que a descida dos custos prende-se também com a redução do número de acidentes com vítimas mortais. Segundo os cálculos da associação, no ano passado o número de sinistros com danos corporais diminuíram 1,2%, para 37 mil, enquanto o número de mortes em acidentes rodoviários baixaram 11,4% em relação a 2012, totalizando 569 mortes em 2013.

Outro factor adiantado pela associação prende-se com a redução do prémio médio, mesmo em situações do seguro automóvel de responsabilidade civil, obrigatório por lei. Aqui, a queda do prémio médio foi de 4% em 2012, enquanto na de danos próprios atingiu 8,8%, acrescentou Seixas Vale, referindo-se a um sector "altamente concorrencial".