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Culmina separação entre CaixaBank e o accionista La Caixa

Já há substituto, aprovado pelo BCE, para a vaga deixada pelo antigo presidente do CaixaBank, Isidro Fainé, que passou para a fundação la Caixa. Frankfurt autorizou a entrada em funções de Jordi Gual no banco que está a querer comprar o BPI.

DR
15 de Setembro de 2016 às 07:42
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A separação entre o CaixaBank e o seu accionista, a fundação La Caixa, já está terminada no que à administração diz respeito. Depois da saída de Isidro Fainé do banco, ficando apenas na casa-mãe – de modo a garantir a separação entre as duas áreas de negócio –, o Banco Central Europeu (BCE) já aprovou o substituto.

 

Foi o banco catalão que informou o facto esta quarta-feira, 14 de Setembro: o BCE deu luz verde à nomeação de Jordi Gual (na foto) para presidente não executivo do CaixaBank, ou seja, presidente do conselho de administração. "As nomeações tiveram lugar depois de ter recebido as comunicações do BCE sobre a sua idoneidade para ocupar o cargo de administrador e presidente não executivo", indica o comunicado ao regulador do mercado de capitais espanhóis. O CEO, isto é, presidente executivo, continua a ser Gonzalo Gortázar. 

 

Gual assume funções na cúpula do CaixaBank, principal accionista do BPI com 45%, devido à separação que foi implementada na estrutura, para que os órgãos sociais fossem distintos dos da Fundação Bancária La Caixa y e de Criteria (que é o maior accionista do CaixaBank). Isidro Fainé, histórico presidente da instituição financeira, deixou os cargos que ocupava no CaixaBank ficando apenas na fundação. Em Julho, quando foi anunciado, os catalães falavam num "processo de desconsolidação com o Criteria Caixa", já que queriam uma "maior presença de administradores independentes" no banco. A legislação obriga à separação do governo da sociedade bancária da fundacional - a ligação entre o BES e o GES, em Portugal, foi um dos exemplos que levou as autoridades nacionais a também mencionarem a necessidade de uma separação entre accionistas e administradores.

 

O CaixaBank está presente em Portugal através do BPI, onde é o principal accionista, e quer mesmo expandir a sua parceria, já que lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre aquele banco, oferecendo 1,113 euros por acção. Neste momento, aguarda a posição da justiça sobre uma das condições que impôs para o sucesso da operação, o fim do limite de votos de 20%, que lhe retira poder. Esta semana, o banco já disse que tem "paciência" mas quer este assunto resolvido. Há assembleia-geral de accionistas para discutir o tema marcada para 21 de Setembro. 

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