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Credit Suisse e UBS investigados por possível contorno a sanções contra oligarcas russos

Ainda antes do anúncio do acordo entre UBS e Credit Suisse, o Governo norte-americano enviou pedidos de informação a vários bancos sobre possíveis evasões a sanções impostas a oligarcas russos.

24 de Março de 2023 às 11:50
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O Credit Suisse (CS) e o UBS estão a entre a lista de bancos que estão a ser alvo de uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA, de forma a descobrir se se levantam suspeitas sobre ajuda ao contorno de sanções por parte de oligarcas russos, segundos fontes conhecedoras do assunto, contactadas pela Bloomberg.

O governo dos EUA já solicitou informação, através de intimações, aos dois bancos suíços, tendo os pedidos sido enviados antes do anúncio do acordo de compra do Credit Suisse pelo UBS.

Além dos trabalhadores dos dois gigantes suíços, também foram enviadas intimações a outros bancos norte-americanos, face aos quais existe suspeita de que os funcionários tenham ajudado a praticar evasão às sanções.

O inquérito levado a cabo pelo Departamento norte-americano de Justiça está focado em encontrar os bancários que trabalharam com oligarcas sancionados, investigando a forma como estes últimos foram tratados pelos primeiros.

Uma vez havendo suspeitas, é aberta uma investigação contra os bancários. Nem o Credit Suisse nem o UBS responderam às questões colocadas pela Bloomberg.

Antes da invasão russa à Ucrânia, o Credit Suisse era conhecido pelo "catering financeiro" oferecido aos milionários russos. No auge desta relação com os oligarcas, o banco agora liderado por Ulrich Körner chegou a gerir mais de 60 mil milhões de dólares em ativos detidos por russos, o que gerou receitas anuais entre os 500 milhões e os 600 milhões de dólares.

Quando em maio do ano passado o Credit Suisse decidiu fechar este "catering" detinha 33 milhões de dólares, cerca de 50% a mais do que o património gerido pelo UBS.

As ações do Credit Suisse seguem a cair 8,04% para 0,74 francos suíços, enquanto os títulos do UBS deslizam 7,6% para 16,55 francos.
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