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Credit Suisse admite que espiou mais um executivo

Desta vez, o alvo foi Peter Goerke, diretor de recursos humanos do Credit Suisse, que terá sido espiado por decisão do antigo diretor de operações, Pierre-olivier Bouee, entretanto demitido.

Bloomberg
24 de Dezembro de 2019 às 10:15
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O Credit Suisse admitiu na segunda-feira, 23 de dezembro, que mais um dos seus executivos foi alvo de espionagem dentro do grupo suíço, noticia a Reuters. É já o segundo executivo do banco que foi posto sob vigilância.

Desta vez, o alvo foi Peter Goerke, diretor de recursos humanos do Credit Suisse. Segundo o banco, terá sido o antigo diretor de operações, Pierre-olivier Bouee, que contratou detetives, em fevereiro deste ano, para espiar o seu colega. O banco garante que esta operação foi levada a cabo sem o conhecimento dos restantes executivos, incluindo o presidente Tidjane Thiam.

Bouee já tinha sido apontado como o culpado por um incidente semelhante, em que o responsável pela gestão de património, Iqbal Khan, foi alvo de espionagem. Também neste caso, o banco assegurou que Thiam não teve qualquer envolvimento.

Em comunicado, o "chairman" do banco, Urs Rohner, afirmou que este novo caso de espionagem é "imperdoável" e que estes episódios vêm "manchar" a reputação" do Credit Suisse.

A polémica da espionagem no Credit Suisse surgiu em setembro deste ano, quando Iqbal Khan avançou com um processo criminal contra um dos detetives que o seguia.

Nessa altura, o banco lançou uma investigação, que concluiu que só duas pessoas eram responsáveis pelo caso: Pierre-Olivier Bouee e um responsável pela segurança. Ambos foram demitidos e o Credit Suisse adiantou, entretanto, que Bouee deverá perder o bónus e outros prémios.
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