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Lucros do Credit Suisse sobem 8% e superam estimativas
Finalizado o plano de reestruturação de três anos, o Credit Suisse viu os seus lucros aumentarem no primeiro trimestre deste ano e superarem as estimativas dos analistas.
O banco liderado por Tidjane Thiam anunciou esta quarta-feira, 24 de abril, que fechou os primeiros três meses do ano com lucros de 749 milhões de francos suíços (cerca de 654,2 milhões de euros), um aumento de 8% face ao mesmo período do ano passado. O resultado superou as estimativas dos analistas consultados pela Reuters, que antecipavam um resultado líquido de 692 milhões de francos suíços.
Já as receitas atingiram 5,4 mil milhões de francos suíços, o que compara com os 4,8 mil milhões do primeiro trimestre de 2018. O banco fechou o mês de março com um rácio CET1 de 12,6%, o mesmo valor com que fechou o ano passado.
"Em geral, foi um bom trimestre, depois de um início muito lento e difícil", comentou o CEO Tidjane Thiam, em declarações à CNBC.
No comunicado de apresentação dos resultados, o banco informou que está a operar com um perfil de risco mais baixo, uma base de capital mais forte e uma base de custos estruturalmente mais baixa.
Thiam reiterou que o modelo do banco é "resiliente", o que permitiu à instituição proteger os lucros "durante os períodos em que os mercados estão mais desafiantes".
O desempenho no primeiro trimestre foi particularmente impulsionado pela unidade internacional de gestão de património do banco, que gerou uma receita líquida de 1,4 mil milhões de francos suíços. Por outro lado, a unidade de banca de investimento reportou receitas mais baixas em comparação com o quarto trimestre, com uma receita líquida total de 356 milhões de francos suíços.
O banco reconhece o momento mais positivo do final do primeiro trimestre, que se prolongou no mês de abril. À CNBC, o CEO disse que é "complicado" saber como o banco irá atuar nos próximos meses. "Estamos muito no início do trimestre. Mas o que temos visto é uma continuação da tendência de março".
Ainda que esteja preocupado com determinadas questões geopolíticas e macroeconómicas, Thiam admite que "estamos cautelosamente otimistas".