Durante 12 dias, o Citigroup foi accionista qualificado do Banco Espírito Santo, a instituição onde permanecem os activos problemáticos gerados sob a gestão de Ricardo Salgado. O banco norte-americano passou a ter uma posição inferior a 2% depois de ter alienado 3.748.053 acções do BES a 2 de Junho, 12 dias depois de ter passado aquela fasquia de participação a 21 de Maio.

"O Banco Espirito Santo, SA (BES) informa que recebeu uma comunicação do Citigroup Global Markets Limited relativa à alienação de acções do BES da qual resultou uma redução da percentagem dos direitos de votos para um limiar abaixo dos 2%. A alienação resulta de uma transacção ocorrida no dia 2 de Junho de 2015, nos termos da qual foram alienadas 3.748.053 acções do BES", informa o banco em comunicado publicado esta terça-feira, 9 de Junho, no site da CMVM.

O Citigroup passou assim a deter 109.514.848 acções do BES, o que lhe atribui uma participação equivalente a 1,947% do capital da instituição. Até à venda de títulos do banco, realizada a 2 de Junho, a instituição norte-americana tinha 2,0137%, posição alcançada após a compra de 3.753.415 acções do BES a 21 de Maio.

A negociação de títulos do BES na Euronext Lisboa está suspensa desde 1 de Agosto de 2014, dois dias antes da resolução aplicada pelo Banco de Portugal e que separou o antigo banco em duas instituições, com a criação do Novo Banco, onde ficaram concentrados os activos saudáveis. No entanto, é possível transaccionar acções fora do mercado.