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CGD defende que testes de stress mostraram a sua "solidez"
A avaliação feita pelo BCE ao balanço da Caixa confirma que tem "capacidade para suportar critérios de valorização de activos muito rigorosos". O banco passou o cenário adverso do teste de stress por 383 milhões de euros.
A Caixa Geral de Depósitos passou a avaliação completa feita pelo Banco Central Europeu: tanto na análise à qualidade dos seus activos como nos dois cenários dos testes de stress. Um resultado que leva o banco público a dizer que é sólido.
"A Caixa Geral de Depósitos mostrou, com este exercício, a sua solidez como instituição líder do sistema bancário português capaz, de acordo com o seu mandato, de contribuir para o desenvolvimento económico nacional ao serviço dos seus clientes", aponta o comunicado publicado no "site" da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Esta avaliação foi "muito exigente", segundo o banco liderado por José de Matos. O que "confirma que o balanço da CGD tem capacidade para suportar critérios de valorização de activos muito rigorosos, bem como os efeitos de um hipotético cenário de uma nova crise de dívida soberana num contexto em que o ponto de partida é caracterizado por uma situação económica ainda frágil".
O ponto de partida da CGD para esta avaliação global era o de um rácio Common Equity Tier 1, que compara os activos ponderados pelo risco com os fundos próprios da instituição, de 10,8% à data de 31 de Dezembro de 2013. Um valor que recua para 10,4% na sequência do exercício de análise da qualidade dos activos do banco.
Já nos testes de stress, o rácio desceria para 9,4% se o cenário base se materializasse até Dezembro de 2016. O mínimo exigido era 8%. No cenário adverso, a CGD apresentaria um rácio de 6,1%, acima dos 5,5%. Uma folga de 383 milhões de euros que a mantém acima do limiar mínimo requerido pelo regulador europeu.