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BCP deverá abandonar prejuízos no último trimestre de 2014

Nuno Amado defende que o banco deverá atingir o "break-even" no último trimestre de 2014, o que não evitará os prejuízos anuais. Pela frente, há ainda uma redução de sucursais e trabalhadores. Mais de 20 sucursais serão encerradas.

Miguel Baltazar/Negócios
26 de Outubro de 2014 às 14:08
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Não é o regresso aos lucros. Mas poderá ser o fim dos prejuízos trimestrais que se vivem há praticamente dois anos. O Banco Comercial Português poderá alcançar o equilíbrio operacional, sem lucros e sem prejuízos, no último trimestre de 2014, disse o presidente executivo, Nuno Amado, quando falava do chumbo nos testes de stress.

 

"O BCP deverá ter atingido o ‘break-even no trimestre", afirmou aos jornalistas o CEO do BCP, dizendo que o valor é depois de alguns efeitos extraordinários. Nos primeiros nove meses do ano, o prejuízo do banco foi de 98,3 milhões de euros, resultado de três trimestres deficitários. Ainda assim, no mesmo período de 2013, o resultado líquido havia sido de 597,3 milhões de euros.

 

Assim, no quarto trimestre, o símbolo "-" poderá desaparecer das contas trimestrais do BCP, ainda que não evitando o prejuízo anual. Será um feito "extraordinário", ressalvou o CEO. O último trimestre em que o banco presidido por Amado obteve um resultado positivo foi nos primeiros três meses de 2012, com um lucro de 40,8 milhões de euros.

 

O presidente do banco defende que esta melhoria das contas resulta de um trabalho feito na área de receitas, com uma melhoria da margem financeira e do produto bancário. Mas também o corte de custos ajudou. O banco tem vindo a reduzir pessoal. No final de 2007, antes da crise financeira, trabalhavam no banco mais de 10.500 pessoas em Portugal. O número caiu para 10.000 no final de 2011. Ou seja, menos 500 pessoas em quatro anos. Agora, o banco conta com pouco mais de 8.000 trabalhadores (em Setembro eram 8.266). E o objectivo é, reiterou Nuno Amado, que o número desça até aos 7.500 no próximo ano, com base no programa de adesões voluntárias para a entrada na reforma.

 

"Estamos mais sólidos, mais fortes, para podermos apoiar a economia portuguesa", garantiu Nuno Amado na declaração aos jornalistas este domingo, 30 minutos depois de ter sido divulgado que o banco não cumpriu os rácios mínimos exigidos pelo Banco Central Europeu no cenário adverso dos testes de esforço financeiro. O banco diz ter já medidas que permitem cumprir integralmente o valor em falta e não é necessário nenhum aumento de capital nem venda de activos estratégicos.

 

BCP corta mais de 20 sucursais em três meses

 

Em 2014, a instituição espera acabar o ano com 698 sucursais, disse Nuno Amado na sua intervenção deste domingo. O número compara com as 721 com que o banco operava no final de Setembro de 2014, segundo o relatório publicado. Eram 783 um ano antes.

 

 

 

 

 

 

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