O BCP teve prejuízos de 98,3 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2014, o que representa uma diminuição de 83,5% face às perdas de 597,3 milhões registadas no final de Setembro do ano passado. Esta redução resultou do aumento do produto bancário e do corte de custos operacionais.

Entre o início de Janeiro e o final de Setembro, o produto bancário do banco liderado por Nuno Amado subiu 37%, para 1.722 milhões de euros.

A melhoria dos resultados das operações internacionais também contribuiu positivamente para a redução dos prejuízos consolidados. As presenças na Polónia, Angola e Moçambique asseguraram ao BCP 151,7 milhões de euros, mais 15,1% do que no final do terceiro trimestre de 2013.

Avaliação do BCE ditou 313,5 milhões em imparidades

Os resultados do banco foram penalizados pela avaliação que o Banco Central Europeu (BCE) realizou aos activos da instituição. Isto porque o BCP decidiu ajustar o seu balanço às conclusões do exame do futuro supervisor europeu, o que implicou a constituição de imparidades de crédito líquidas de recuperações de 313,5 milhões de euros que afectaram a conta de exploração.

Em termos de rácios de capital, o BCP chegou ao final de Setembro com um nível de solidez de 10,5%, de acordo com as regras de Basileia na versão totalmente implementada, em que o mínimo exigido é de 7%. Já de acordo com as regras actualmente em vigor, o rácio ficou em 12,8%, acima do mínimo de 8% imposto pelo Banco de Portugal.

(Notícia corrigida, altera o valor das imparidades para imparidades de crédito de 313,5 milhões de euros)