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Carlos Tavares: Relatório mostra que CMVM atuou "de forma independente e corajosa no BES"
O ex-presidente da CMVM diz que o relatório interno que pediu mostra que o regulador dos mercados atuou de forma "corajosa" no caso BES.
O relatório interno mostra que a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) atuou "de forma independente e até corajosa" no caso Banco Espírito Santo (BES), garante Carlos Tavares, ex-presidente do regulador dos mercados, no Parlamento.
O atual "chairman" do Banco Montepio foi chamado à Assembleia da República no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, que está na reta final.
"A CMVM atuou de forma muito competente, independente e até corajosa", disse Carlos Tavares aos deputados, o que provocou "dissabores pessoais".
Em causa está um documento interno sobre a atuação da CMVM no caso do BES que levou Carlos Tavares a pedir um adiamento da audição. Já Gabriela Figueiredo Dias, presidente da CMVM, disse na sua ida ao Parlamento que não queria "elevar as expectativas, porque não há nada de particularmente novo" neste relatório.
Apesar disso, Carlos Tavares explicou esta quarta-feira o porquê de ter sugerido à comissão de inquérito que pedisse este relatório. Por um lado, devido ao sigilo profissional a que está obrigado. "A disponibilidade do relatório a esta comissão permitir-me-ia usar sem qualquer limite a informação lá contida", disse.
Por outro lado, apesar de a informação não ser nova, está sistematizada neste documento, o que ajudaria a recordar factos que já aconteceram há alguns anos.
CMVM lamenta ter ficado de fora da resolução do BES
Sobre a resolução do BES, Carlos Tavares lamentou ainda que a CMVM não ter sido envolvido no processo de resolução do BES.
O atual "chairman" do Banco Montepio foi chamado à Assembleia da República no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, que está na reta final.
Em causa está um documento interno sobre a atuação da CMVM no caso do BES que levou Carlos Tavares a pedir um adiamento da audição. Já Gabriela Figueiredo Dias, presidente da CMVM, disse na sua ida ao Parlamento que não queria "elevar as expectativas, porque não há nada de particularmente novo" neste relatório.
Apesar disso, Carlos Tavares explicou esta quarta-feira o porquê de ter sugerido à comissão de inquérito que pedisse este relatório. Por um lado, devido ao sigilo profissional a que está obrigado. "A disponibilidade do relatório a esta comissão permitir-me-ia usar sem qualquer limite a informação lá contida", disse.
Por outro lado, apesar de a informação não ser nova, está sistematizada neste documento, o que ajudaria a recordar factos que já aconteceram há alguns anos.
CMVM lamenta ter ficado de fora da resolução do BES
Sobre a resolução do BES, Carlos Tavares lamentou ainda que a CMVM não ter sido envolvido no processo de resolução do BES.
"Neste momento, o que mais me penaliza foi o facto de este processo não ter tido a participação do regulador do mercado. E de não ter podido suspender as ações" mais cedo, disse o ex-presidente da CMVM.
(Notícia atualizada.)