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Caixabank dá pontapé de saída na reorganização do BPI

De acordo com a Lusa, o plano de reorganização foi aprovado esta semana. Já estava em curso a preparação do "plano de 100 dias", a ser implementado a partir de Junho.

Miguel Baltazar/Negócios
27 de Maio de 2017 às 09:49
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O CaixaBank aprovou a reorganização interna do BPI na reunião da comissão executiva de 23 de Maio e terá efeitos, como já era esperado, no mês que vem, segundo uma nota interna a que a Lusa teve acesso.


Entre as alterações, é criada a unidade de banca corporativa e de investimento, que "integra os 25 principais grupos empresariais portugueses e as áreas de produtos de banca de investimento". A área de banca de investimento fica obrigada a reporte a Espanha.

O Negócios já tinha avançado a colocação em marcha para breve do "plano de 100 dias" para melhorar a operação e o serviço do banco, cujas novas directrizes estariam a funcionar em Junho para cortar custos e aumentar receitas, num total de 120 milhões por ano a partir de 2019.

Acrescenta a Lusa que, no âmbito da reorganização, as equipas de clientes serão lideradas por Carmo Oliveira, a quem é dada a missão de fazer a "implementação sistemática comercial do CaixaBank" e a "maximização do cross-selling entre as duas instituições", o BPI e o CaixaBank.

Já as unidades responsáveis por produtos de banca de investimento (financiamento estruturado, corporate finance e mercado de capitais – distribuição) serão "geridas numa lógica de unidade ibérica, com reporte funcional ao CaixaBank".

Ainda esta semana o Negócios noticiava que responsáveis de ambos os bancos iam unir esforços através de um acordo de parceria para, por exemplo, oferecer serviços de corretagem de acções em conjunto.

Esta nota interna informa ainda da "nomeação, em cada região, de um único director responsável pela gestão das grandes empresas, médias empresas e banca institucional".

Esta medida implica a redução de sete para dois dos directores que fazem reporte directo à administração, ficando Pedro Fernandes responsável pelo Norte de Portugal e Pedro Coelho pelo Sul.

Além destas mudanças, são integradas as direcções de operações especiais de empresas e de investimento imobiliário e é criada a direcção de banca transaccional para empresas, que passará a integrar parte das equipas de direcção de crédito especializado a empresas, que é extinta.

Desde Fevereiro que o BPI é controlado pelo grupo espanhol CaixaBank, que passou a controlar mais de 80% do banco português após uma Oferta Pública de Aquisição (OPA).

O CaixaBank está a levar a cabo um processo de saída de trabalhadores, como já era previsível tendo em conta os objectivos contidos no prospecto da OPA, reforçando a diminuição do quadro de pessoal que já aconteceu nos últimos anos

Fontes sindicais indicaram à Lusa que deverão sair 400 trabalhadores do BPI através de rescisões por mútuo acordo e mais 200 em reformas antecipadas.

O BPI tinha, no final de Março, 5.445 trabalhadores em Portugal.

O banco ainda tem formalmente como presidente executivo Fernando Ulrich (à esquerda na foto), enquanto a nova equipa de gestão liderada pelo espanhol Pablo Forero (à direita na foto) aguarda a autorização do Banco Central Europeu (BCE).

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