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BPI obtém lucros de 366,1 milhões no semestre

A venda da posição na SuperBock continua a impulsionar os resultados do BPI. A alienação da gestão de activos também ajudou. Em termos recorrentes, o lucro melhorou 32%.

Pedro Simões
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 24 de Julho de 2018 às 16:52

O BPI obteve lucros de 366,1 milhões de euros no primeiro semestre, anunciou o banco em comunicado à CMVM. Houve duas vendas a justificar o resultado: a venda da participação na Viacer, dona da SuperBock, e da área de gestão de activos ao CaixaBank.

 

No primeiro semestre de 2017, o banco presidido por Pablo Forero tinha registado perdas de 101,7 milhões.

Os prejuízos no ano passado tinham sido justificados pela venda do controlo no Banco de Fomento Angola (BFA).

 

À venda da participação na Viacer, que rendeu 60 milhões de euros, juntou-se o ganho de 62 milhões por conta da alienação das subsidiárias de gestão de activos ao accionista, o grupo CaixaBank.

 

Assim, chegou-se ao resultado líquido consolidado de 366,1 milhões de euros. Em Portugal, a actividade gerou 222,5 milhões, 104,2 milhões dos quais recorrentes. O banco diz que os resultados recorrentes cresceram 32%, o que o presidente executivo considera um bom resultado.

 

Os contributos do BFA e do moçambicano BCI foram de 143,5 milhões no primeiro semestre, face às perdas de 112,4 milhões no período homólogo.

 

Comissões crescem 9%

 

A margem financeira do BPI (diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos) cresceu, em termos homólogos, 7,6% para 207,2 milhões de euros. A redução do custo dos depósitos e o crescimento do volume de crédito ajudaram, mas o avanço foi limitado pelo custo da emissão de dívida subordinada, que foi subscrita pelo CaixaBank.

 

As comissões cobradas aos clientes avançaram 9,4% para 134,6 milhões entre Janeiro e Junho, face ao mesmo período de 2017.

 

Já os custos da estrutura recorrentes (o banco não divulga o valor absoluto) decresceram 3,7% para 214,3 milhões. Os custos com pessoal, excluindo os não recorrentes (como acordos de rescisões), baixaram 10%. O rácio de "cost to income", que mede a diferença entre os custos e o produto bancário, fixou-se em 61,5%, sendo que o banco quer chegar a um objectivo de 50% em Portugal.

 

Também em imparidades o banco – que fechou o semestre com 4.843 funcionários, menos 87 que em Dezembro - conseguiu ter números positivos. Em vez de novas dotações, o banco presente em 431 balcões (menos oito que no final do ano) conseguiu reverter 4,5 milhões no primeiro semestre.

  

Depósitos crescem 7,5%

Os recursos de clientes aumentaram 2,1% para 33,3 mil milhões de euros, com o impulso de 7,5% dos depósitos de clientes, que se fixaram em 20,8 mil milhões de euros. Já os depósitos de institucionais e financeiros caíram 40% para 805 milhões.

 

Já o crédito a clientes bruto subiu 3,9% para 23 mil milhões de euros. O crédito a particulares somou 1,9% para 12,5 mil milhões de euros, enquanto o crédito a empresas fixou-se em 8,9 mil milhões, mais 4,9% do que no semestre homólogo.

 

O conjunto de activos não rentáveis do BPI representava, em Junho, 3,8% da carteira total, com cobertura em 125%.

 

Em termos de capital, o rácio de common equity tier 1, que mede o peso dos melhores fundos próprios do banco, ascendeu em Junho a 12,8% (que sobe para 13% se consideradas as alienações dos negócios acordados com o CaixaBank). Em Dezembro, o rácio estava em 12,3%. O mínimo que o banco tem de registar é de 8,75%. 

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