Notícia
BPI alcança lucros de 60 milhões no primeiro trimestre
O resultado líquido do BPI disparou no primeiro trimestre deste ano, para 60 milhões de euros.
O BPI fechou o primeiro trimestre deste ano com um resultado líquido de 60 milhões de euros, depois dos lucros de 6,3 milhões que tinham sido reportados em igual período do ano passado, altura em que o banco tinha constituído 32 milhões de euros de imparidades para prevenir os efeitos da pandemia.
Os resultados foram divulgados esta segunda-feira, 10 de maio, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). "O BPI registou, no primeiro trimestre de 2021, um lucro consolidado de 60 milhões de euros (vs. 6 milhões de euros no trimestre homólogo de 2020). Na atividade em Portugal, o BPI obteve um resultado líquido de 54 milhões de euros, que compara com os 4 milhões de euros registados no período homólogo do ano passado, quando se registaram imparidades significativas para prevenir potenciais impactos da pandemia", refere o banco.
A justificar estes resultados estão a redução das imparidades - que, no primeiro trimestre do ano passado, levaram a uma diminuição abrupta dos lucros do banco - e a atividade comercial do BPI.
No primeiro trimestre de 2021, o BPI constituiu imparidades de 17,3 milhões de euros, naquilo que o presidente executivo do banco, João Pedro Oliveira e Costa, descreve como a "manuteção de uma postura de prudência". Contudo, neste período, a instituição fez recuperações de crédito de 27,7 milhões de euros, onde se inclui uma mais valia de de 24 milhões com a venda de uma carteira de crédito malparado no valor de 296 milhões de euros.
Feitas as contas, o BPI regista imparidades negativas de 10 milhões de euros. Ainda assim, mantém de lado imparidades de 97 milhões de euros, um montante não alocado, para fazer face a possíveis impactos futuros decorrentes da pandemia. O custo do crédito fixou-se, assim, em -0,04%.
Já no que diz respeito à atividade comercial, o presidente do BPI destaca o "dinamismo" verificado no primeiro trimestre. A carteira de crédito total aumentou em 6,2% e fixou-se em 26.031 milhões de euros, um comportamento explicado com a evolução em todos os segmentos. O crédito a particulares aumentou 5,6%, com destaque para o crédito à habitação, que cresceu 5,8% e totalizou 12.189 milhões de euros. Já o crédito às empresas aumentou em 7,2% e totalizou 10.204 milhões de euros.
Ainda no que diz respeito ao crédito, o BPI viu o rácio de malparado reduzir-se em 0,3 pontos percentuais, para 1,8%, o equivalente a 554 milhões de euros de créditos não produtivos. No final do primeiro trimestre de 2021, este montante estava coberto em 153% por imparidades e colaterais.
Quanto aos depósitos de clientes, estes aumentaram em 11%, para um total de 26.618 milhões de euros no final do primeiro trimestre. Já os ativos sob gestão cresceram 9,5% e as ofertas públicas de subscrição caíram 12,2%. Assim, os recursos totais de clientes cresceram 9,7% e ascenderam a 37.704 milhões de euros no primeiro trimestre de 2021.
Do lado operacional, o BPI conseguiu ainda aumentar a margem financeira em 3,1%, para os 113 milhões de euros. Já as comissões líquidas cresceram 5,4% para os 64 milhões de euros, um movimento que o banco explica com a evolução das comissões de fundos e seguros de capitalização. Assim, o produto bancário acabou por subir 17,1%, para um total de 178 milhões de euros.
Já os custos de estrutura reduziram-se em 3%, para os 109,6 milhões, enquanto o rácio de "cost-to-income" registou uma melhoria, passando de 58% no final de 2020 para 57,1% em 2020.
No que diz respeito à capitalização do banco, o rácio de "common equity tier 1" aumentou de 14,1% no final de 2020 para 14,4% em março de 2021.
4,5 mil milhões em moratória
No final do primeiro trimestre de 2021, o BPI tinha 5,6 mil milhões de euros de crédito em moratória. Já a 1 de abril, depois de se vencer o prazo de parte destas moratórias, este valor já se tinha reduzido em 1,2 mil milhões. Feitas as contas, por essa altura, o BPI tinha cerca de 4,5 mil milhões de euros de crédito em moratória, o equivalente a 17% da carteira total de crédito.
"De registar o bom comportamento dos créditos após retomarem as obrigações de pagamento, semelhante ao desempenho global da carteira de crédito", refere o banco.
Ainda no âmbito das medidas de apoio criadas para dar resposta à crise gerada pela pandemia, o BPI recebeu cerca de 9.400 candidaturas às linhas de crédito garantido pelo Estado, que correspondem a um financiamento de 748 milhões de euros em crédito já contratado.
Notícia atualizada pela última vez às 12h45 com mais informação.
Os resultados foram divulgados esta segunda-feira, 10 de maio, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). "O BPI registou, no primeiro trimestre de 2021, um lucro consolidado de 60 milhões de euros (vs. 6 milhões de euros no trimestre homólogo de 2020). Na atividade em Portugal, o BPI obteve um resultado líquido de 54 milhões de euros, que compara com os 4 milhões de euros registados no período homólogo do ano passado, quando se registaram imparidades significativas para prevenir potenciais impactos da pandemia", refere o banco.
No primeiro trimestre de 2021, o BPI constituiu imparidades de 17,3 milhões de euros, naquilo que o presidente executivo do banco, João Pedro Oliveira e Costa, descreve como a "manuteção de uma postura de prudência". Contudo, neste período, a instituição fez recuperações de crédito de 27,7 milhões de euros, onde se inclui uma mais valia de de 24 milhões com a venda de uma carteira de crédito malparado no valor de 296 milhões de euros.
Feitas as contas, o BPI regista imparidades negativas de 10 milhões de euros. Ainda assim, mantém de lado imparidades de 97 milhões de euros, um montante não alocado, para fazer face a possíveis impactos futuros decorrentes da pandemia. O custo do crédito fixou-se, assim, em -0,04%.
Já no que diz respeito à atividade comercial, o presidente do BPI destaca o "dinamismo" verificado no primeiro trimestre. A carteira de crédito total aumentou em 6,2% e fixou-se em 26.031 milhões de euros, um comportamento explicado com a evolução em todos os segmentos. O crédito a particulares aumentou 5,6%, com destaque para o crédito à habitação, que cresceu 5,8% e totalizou 12.189 milhões de euros. Já o crédito às empresas aumentou em 7,2% e totalizou 10.204 milhões de euros.
Ainda no que diz respeito ao crédito, o BPI viu o rácio de malparado reduzir-se em 0,3 pontos percentuais, para 1,8%, o equivalente a 554 milhões de euros de créditos não produtivos. No final do primeiro trimestre de 2021, este montante estava coberto em 153% por imparidades e colaterais.
Quanto aos depósitos de clientes, estes aumentaram em 11%, para um total de 26.618 milhões de euros no final do primeiro trimestre. Já os ativos sob gestão cresceram 9,5% e as ofertas públicas de subscrição caíram 12,2%. Assim, os recursos totais de clientes cresceram 9,7% e ascenderam a 37.704 milhões de euros no primeiro trimestre de 2021.
Do lado operacional, o BPI conseguiu ainda aumentar a margem financeira em 3,1%, para os 113 milhões de euros. Já as comissões líquidas cresceram 5,4% para os 64 milhões de euros, um movimento que o banco explica com a evolução das comissões de fundos e seguros de capitalização. Assim, o produto bancário acabou por subir 17,1%, para um total de 178 milhões de euros.
Já os custos de estrutura reduziram-se em 3%, para os 109,6 milhões, enquanto o rácio de "cost-to-income" registou uma melhoria, passando de 58% no final de 2020 para 57,1% em 2020.
No que diz respeito à capitalização do banco, o rácio de "common equity tier 1" aumentou de 14,1% no final de 2020 para 14,4% em março de 2021.
4,5 mil milhões em moratória
No final do primeiro trimestre de 2021, o BPI tinha 5,6 mil milhões de euros de crédito em moratória. Já a 1 de abril, depois de se vencer o prazo de parte destas moratórias, este valor já se tinha reduzido em 1,2 mil milhões. Feitas as contas, por essa altura, o BPI tinha cerca de 4,5 mil milhões de euros de crédito em moratória, o equivalente a 17% da carteira total de crédito.
"De registar o bom comportamento dos créditos após retomarem as obrigações de pagamento, semelhante ao desempenho global da carteira de crédito", refere o banco.
Ainda no âmbito das medidas de apoio criadas para dar resposta à crise gerada pela pandemia, o BPI recebeu cerca de 9.400 candidaturas às linhas de crédito garantido pelo Estado, que correspondem a um financiamento de 748 milhões de euros em crédito já contratado.
Notícia atualizada pela última vez às 12h45 com mais informação.