Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

BNY Mellon paga mais de 14 milhões de dólares por caso de suborno

Banco norte-americano é acusado de oferecer estágios a familiares de autoridades governamentais estrangeiras, com vista a influenciar as suas acções. O BNY Mellon não confirmou as acusações da entidade que regula o mercado de capitais norte-americano, mas acordou o pagamento de 14,8 milhões de dólares.

Bloomberg
19 de Agosto de 2015 às 13:30
  • 2
  • ...

A autoridade reguladora do mercado de capitais nos Estados Unidos anunciou esta quarta-feira, 19 de Agosto, que o banco norte-americano BNY Mellon acordou o pagamento de 14,8 milhões de dólares (cerca de 13,4 milhões de euros) por violação de uma lei anti-corrupção, o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), ao oferecer estágios a familiares de autoridades estrangeiras associadas a um fundo de capitais estatais do Médio Oriente.

Segundo o regulador da bolsa norte-americana, o U.S. Securities and Exchange Commission, o banco "não avaliou ou contratou os membros de família através do existente programa de estágios altamente competitivo [do banco], que tem critérios de entrada estritos".

Estes foram contratados com "conhecimento e aprovação de funcionários sénior do BNY Mellon" apesar de "não corresponderem aos critérios rigorosos" do banco. Estas admissões tinham como objectivo "influenciar autoridades estrangeiras e vencer ou manter contratos para gerir e fornecer activos do fundo de capitais governamental".

A lei Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) proíbe as empresas de "influenciar oficiais estrangeiros com qualquer coisa de valor", informou em comunicado Andrew J. Ceresney, director do organismo regulador, acrescentando que "o BNY Mellon merecia uma sanção significativa" pelos seus actos.

"Os fornecedores de serviços financeiros enfrentam riscos de corrupção únicos quando procuram ganhar negócios em mercados internacionais, e nós vamos continuar a escrutinar indústrias que não tenham sido vigilantes no cumprimento do Foreign Corrupt Practices Act", salientou Kara Brockmeyer, chefe de divisão no U.S. Securities and Exchange Commission.

Sem confirmar ou negar as acusações, o banco concordou com o pagamento de 14,8 milhões de dólares, um valor acordado com a entidade reguladora, que disse ter em consideração as acções tomadas pela entidade bancária para remediar esta situação e a sua cooperação durante a investigação.

Ver comentários
Saber mais Foreign Corrupt Practices Act EUA Médio Oriente U.S. Securities and Exchange Commission Andrew J. Ceresney crime lei e justiça
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio