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Montenegro garante a Costa "total colaboração"
António Costa será "mais um português" num cargo internacional "relevantíssimo" diz o primeiro-ministro,
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, garantiu esta segunda-feira, 1 de julho, ao presidente do Conselho Europeu indigitado "total colaboração e cooperação" no exercício das suas funções e salientou que António Costa será "mais um português" num cargo internacional "relevantíssimo".
Luís Montenegro falava aos jornalistas antes de um almoço com António Costa na residência oficial em São Bento, quatro dias depois de o seu antecessor no cargo de primeiro-ministro de Portugal ter sido eleito para as funções de presidente do Conselho Europeu.
Perante os jornalistas, numa declaração sem direito a perguntas por parte dos jornalistas, o atual primeiro-ministro realçou que António Costa recebeu "confiança esmagadora" entre os líderes dos 27 Estados-membros para uma função "de elevada exigência".
"Pela parte do Governo português, a disponibilidade para a colaboração e cooperação será total, sabendo que não é nem mais nem menos do que se espera para os restantes 26 Estados-membros", disse.
Na quinta-feira à noite, o ex-primeiro-ministro português Costa foi eleito pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio e toma posse em 01 de dezembro deste ano.
António Costa será o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu, e vai suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, que junta os chefes de Governo e de Estado da União Europeia.
Primeiro-ministro de Portugal entre novembro de 2015 e abril de 2024, António Costa chefiou três governos, o último dos quais (2022/2024) com maioria absoluta do PS no parlamento. Demitiu-se das funções de primeiro-ministro em 07 de novembro de 2023, depois de a Procuradoria-Geral da República, através de um comunicado, ter referido que estava a ser investigado no âmbito da chamada Operação Influencer.
Em 24 de maio passado, o ex-primeiro-ministro socialista, a seu pedido, foi ouvido pelo Ministério Público no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), sem que tenha sido constituído arguido no processo.
No Conselho Europeu de quinta-feira, os líderes dos 27 Estados-membros propuseram também Ursula von der Leyen para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia e nomearam a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança. Ambas terão de sujeitar-se à votação no Parlamento Europeu.