O BNP Paribas obteve lucros de 6,69 mil milhões de euros para o conjunto de 2015, mas a queda de 52% nos resultados do quarto trimestre ficaram abaixo das estimativas do mercado que apontavam, segundo os analistas contactados pela Bloomberg, para um lucro de 864 milhões. Ficou nos 665 milhões de euros, o que compara com os 1,38 mil milhões de euros do quarto trimestre de 2014, de acordo com o comunicado divulgado esta sexta-feira, 5 de Fevereiro.

Os resultados trimestrais foram afectados por efeitos extraordinários, sem os quais teriam atingido 1,59 mil milhões de euros. O que significa que, no conjunto do ano, sem esses mesmos efeitos os lucros teriam ficado nos 7,3 mil milhões de euros, o que representaria uma subida de 7,3%. Mas também em 2014 os resultados, que no conjunto do ano ficaram nos 157 milhões, foram afectados pelo pagamento de seis mil milhões de euros para resolver por processos nos Estados Unidos. Este ano registou mais um custo relacionados com esses processos de 100 milhões de euros.

O banco está a propor pagar aos seus accionistas um dividendo de 2,31 euros por acção, acima dos 1,5 euros que pagou em 2015 pelo exercício anterior.

O BNP Paribas está a reorganizar a sua unidade de banca de investimento para, segundo a Bloomberg, adaptar-se à crescente regulação e exigências de capital. E por isso planeia cortar cerca de 20 mil milhões de euros nos activos sob gestão, cerca de 10%, enquanto pretende concentrar-se na geração de negócio que não consuma tanto capital e que gere mais comissionamento. O banco pretende alcançar até 2019 uma poupança nos seus custos de mil milhões de euros.

A 31 de Dezembro, o rácio de capital (common equity Tier 1) estava nos 10,9%.

As receitas totalizaram os 42,9 mil milhões de euros, um aumento de 9,6% face ao ano anterior.