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Bloco defende que nova emissão de dívida da Caixa deve ser travada

Mariana Mortágua defende que a emissão de 500 milhões de euros de dívida feita pela Caixa esta quinta-feira "põe em causa o interesse financeiro" do próprio banco. O Bloco não quer que o banco faça a segunda emissão prevista para o próximo ano e meio.

Miguel Baltazar
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O Bloco de Esquerda defende que a emissão de dívida que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) realizou esta quinta-feira, no valor de 500 milhões de euros, põe em causa o balanço do banco e aconteceu por imposição da Comissão Europeia, que teve de aprovar o plano de recapitalização da Caixa. O partido liderado por Catarina Martins quer que o banco público já não faça a segunda emissão, de 430 milhões de euros, que tem de ser feita nos próximos 18 meses.

"A recapitalização [do banco público] não pode ser feita à custa do equilíbrio financeiro da Caixa", disse a deputada Mariana Mortágua, aos jornalistas, no Parlamento. A CGD colocou esta quinta-feira 500 milhões de euros de dívida perpétua a uma taxa de 10,75%. Este foi o juro cobrado pelos investidores para emprestarem dinheiro à Caixa.

Esta é uma "má emissão de dívida para a CGD", acrescentou a deputada, lembrando que "outros bancos pagaram o mesmo", o que mostra que "este instrumento é mau para qualquer banco". 

"Por um capricho da Comissão Europeia, a Caixa emitiu dívida pondo em causa o seu próprio interesse financeiro", acusou, afirmado que "esta emissão de dívida é contra o interesse do país". Antes Mariana Mortágua tinha recordado palavras de António Costa no debate quinzenal, quando garantiu que escolheria sempre o interesse do país, quando abordado sobre o dossier Caixa. 

O Bloco quer assim travar a segunda emissão que a Caixa ainda tem de fazer, no valor de 430 milhões de euros e que tem de ser feita nos próximos 18 meses. "A segunda emissão não deve ser realizada" e a Caixa deve fazer "tudo" para que "no prazo de cinco anos possa amortizar esta dívida" contraída agora, defendeu.

O plano de capitalização da Caixa prevê uma emissão de dívida perpétua a privados no valor total de 930 milhões de euros, com a primeira parcela (de 500 milhões) a acontecer simultaneamente com a injecção de dinheiro fresco no valor de 2.500 milhões de euros. O plano de recapitalização prevê que uma operação não possa acontecer sem que a outra se concretize.
  

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