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Bison Bank cumpre primeiro ano sem prejuízo desde a aquisição em 2018. Braço cripto com perdas

O Bison Bank registou um resultado líquido positivo de 641 mil euros no ano passado. Já a subsidiária cripto contabilizou um prejuízo de 500 mil euros, no seu primeiro ano de operação, pelo que em termos consolidados os lucros do banco foram de aproximadamente 100 mil euros.

O CEO do Bison Bank, António Henriques Bruno Colaço

Pela primeira vez, desde a sua aquisição pelos chineses da Bison Capital Financial Holdings em 2018 (do então denominado Banif - Banco de Investimento), o Bison Bank alcançou o "breakeven", tendo conseguido um resultado líquido positivo de 641 mil euros no ano passado, revelou a instituição financeira durante a apresentação de resultados nesta terça-feira. Em termos consolidados (subtraindo o prejuízdo da Bison Digital Assets) os lucros foram de aproximadamente 100 mil euros. 

Os resultados ficaram assim acima das perspetivas da instituição, que apontava para que o "breakeven" fosse alcançado apenas em 2025. 

A margem financeira líquida do banco cifrou-se em 5,54 milhões de euros, quando em 2018 esta margem era de 167 mil euros e de 1,3 milhões de euros em 2022, sendo que o banco não oferece linhas de crédito.

No entanto, esta lacuna vai desaparecer em breve. "Vamos oferecer crédito à habitação", revelou António Henriques, que acrescentou que será realizada uma parceria para tal. 

A receita arrecadada com comissões bancárias foi de 2,9 milhões de euros, uma subida ligeira face aos 2,26 milhões arrecadados no ano anterior.

Desde 2018, o banco tem vindo também a aumentar as suas métricas do segmento de investimento, tendo os ativos sob gestão quase duplicado, durante este período, para 2,1 mil milhões de euros em 2023. Atualmente, o Bison Bank trabalha com 90 fundos e 30 sociedades gestoras. 


Por sua vez, a Bison Digital Assets, a subsidiária cripto do banco, teve um prejuízo de 500 mil euros no primeiro ano de operação. Já o volume de negócios foi de 35 milhões de euros, com um total de 50 clientes.

Entre estes há várias plataformas de prestação de serviços cripto nacionais "mas também estrangeiras", de acordo com António Henriques, que deu como exemplo duas empresas deste setor, que são clientes da subsidiária do banco e estão sediadas em Hong Kong e na Austrália.

Olhando para o futuro, António Henriques espera que a Bison Digital Assets alcance o "breakeven" "certamente em 2025", ainda que tenha admitido que tal seja possível já este ano.

O CEO revelou ainda que ainda que "não esteja a olhar para o retalho de forma ativa", é uma "ambição" do Bison Bank "criar essa marca num futuro próximo".

Questionado sobre a possibilidade da saída do acionista chinês, a Bison Capital Financial Holdings - numa altura em que se especula que a Fosun possa vender participação de cerca de 20% que detém no BCP, depois de já se ter desfeito de uma fatia de 5,6% - o CEO do Bison Bank deixou claro que "até hoje não existe uma única informação que permita concluir que o acionista sairá deste investimento". Aliás, "pelo contrário, vejo uma motivação extrema". acrescentou.

Em julho de 2018, o grupo Bison Capital, com sede em Hong Kong, fechou o acordo para a aquisição do Banif – Banco de Investimento. A operação ficou concluída quase dois anos depois de assinado o acordo para a venda. As exigências do Banco Central Europeu (BCE) foram atrasando o processo. Mais tarde, o nome do banco mudou para Bison Bank.


(Notícia atualizada às 11:24 horas).

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