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BES posiciona-se para aproveitar solidariedade familiar de emigrantes
Banco admite abrir mais sucursais na zona euro para companhar a nova emigração portuguesa para estes mercados.
Banco admite abrir mais sucursais na zona euro para companhar a nova emigração portuguesa para estes mercados. Alemanha e França são os países em análise. Macau é outra das operações a reforçar, para aproveitar os fluxos da China para os países da lusofonia. Meta é gerar 50% dos lucros fora de Portugal em 2015.
"Vamos continuar a abrir sucursais na zona euro para acompanhar a diáspora portuguesa. Este fenómeno vai aumentar a solidariedade familiar em face do aumento da austeridade em Portugal. Por isso, as remessas estão a aumentar", explicou Amílcar Morais Pires, administrador financeiro do BES e novo responsável pela banca comercial no exterior.
Neste sentido, o banco já abriu uma segunda sucursal no Luxemburgo e está a estudar a instalação de sucursais na Alemanha, designadamente em Frankfurt, e em França, em 2013. "São mercados onde existe população emigrante portuguesa. São mercados maduros, mas em que, neste momento, as pessoas procuram apoiar a família".
Fora da Europa, além dos países do Sul, como Angola, Moçambique ou Venezuela, o BES pretende renovar a sua aposta em Macau, por forma a posicionar-se para passar a trabalhar em renminbis. "Vamos desenvolver a tesouraria para passar a fazer operações em renminbis, para termos capacidade de gerir esse risco no futuro", explicou Morais Pires. A ideia do banco é posicionar-se para a estratégia do governo da China de "transformar a sua moeda numa moeda convertível e internacional".
"Em 2015 queremos atingir uma contribuição de 50% da área internacional para os resultados internacionais do grupo, de forma diversificada, não dependendo só de Espanha e Angola", sublinhou o gestor.