Em 2006, o BES e um cliente seu celebraram um contrato para a aquisição de um determinado produto financeiro. Segundo informações recolhidas na sentença, o cliente tinha um perfil conservador. O fundo denominado “Fairfield Leveraged Note” ficou reduzido a zero e foi aí que o cliente resolveu apresentar queixa, dado que nunca lhe foi comunicado o risco do negócio em causa, segundo noticia o “El Mundo”.

Todos os tribunais de primeira instância deram razão ao queixoso, mas o banco resolveu recorrer ao Supremo Tribunal, que também deu razão ao cliente. Na sentença afirmou que o investimento era de “alto risco”. O banco defendeu-se com o alcance internacional da fraude cometida por Madoff, algo que foi considerado como “não provado”.

Acrescentou ainda que o investimento “não parecia mau” e que havia “boas expectativas” quanto ao mesmo, dado que em apenas dois meses esse investimento poderia ter rendido ao cliente quase 50 mil euros, algo que não se veio a registar.

Em qualquer dos casos, ficou provado que o cliente tinha um perfil muito conservador e que era “desaconselhado um investimento com um prazo de liquidez tão longo em que os possíveis benefícios estivessem associados a altos riscos”.