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BCP já pediu ao BCE para devolver um terço dos Coco’s

O pedido para a entrega de um terço do valor remanescente foi formalizado no mês passado, seguindo o anúncio já feito no início de Maio pelo presidente do banco, Nuno Amado.

Bruno Simão
Negócios 02 de Junho de 2016 às 10:27
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O BCP já enviou ao Banco Central Europeu o pedido de autorização para devolver 235 milhões de euros em ajudas públicas, dos 700 milhões que estão por entregar das subscrições feitas pelo Estado em forma de obrigações contingentes convertíveis (CoCo’s).

De acordo com o Económico, o pedido para a entrega de um terço do valor remanescente foi formalizado no mês passado, seguindo o anúncio já feito no início de Maio pelo presidente do banco, Nuno Amado.  

"Vamos fazer esse pedido, sairá durante o mês de Maio, na primeira quinzena", indicou na conferência de imprensa de apresentação de resultados dos primeiros três meses de 2016. "Pensamos pedir o reembolso à volta de um terço", levando o objectivo de devolução para entre 200 e 250 milhões de euros.

Dos 3.000 milhões de euros injectados em 2012, o banco conserva ainda 700 milhões nestes instrumentos. Quando reembolsar o valor previsto, terá devolvido mais de 2.500 milhões de euros da ajuda inicial.

O BCP fez assim o que Nuno Amado afirmou recentemente. "Vamos fazer esse pedido, sairá durante o mês de Maio, na primeira quinzena. Pensamos pedir o reembolso à volta de um terço", disse Nuno Amado na conferência de imprensa de apresentação de resultados dos primeiros três meses de 2016, em que os lucros caíram 33,7% para 46,7 milhões de euros.

O Negócios contactou o BCE, mas até ao momento não foi possível obter resposta.

A fusão em entre o BCP Angola e o Privado Atlântico permitiu gerar 250 milhões de euros, um valor próximo do apontado por Amado para a devolução ao Estado. Ao devolver as ajudas, o banco reduz o peso a pagar em juros associados a estes instrumentos.

Além do BCP, apenas a Caixa Geral de Depósitos deve dinheiro ao Estado no âmbito das verbas concedidas para reforço de capitais. O banco público ainda tem por devolver 900 milhões em CoCo’s que recebeu em 2012 e que está previsto reembolsar até 30 de Junho do próximo ano.

A notícia do envio do pedido surge um dia depois de fortes quedas nas acções do banco, na sequência do Goldman Sachs ter colocado a instituição na lista das mais vulneráveis e de o título ter sido excluído do índice MSCI Global, perante o fantasma de um aumento de capital com a entrada na corrida à aquisição do Novo Banco.

Esta quinta-feira as acções recuperam mais de 4% para 2,83 cêntimos, depois de a CMVM ter proibido a venda a descoberto na presente sessão, horas depois de o banco ter sido ultrapassado pelo BPI em valor de capitalização bolsista. O Société Générale cortou entretanto o preço-alvo para a acção para os 3,2 cêntimos alegando "questões por resolver".

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