Notícia
BCP cai para novo mínimo histórico
Num dia em que as vendas a descoberto de acções do BCP voltaram a ser permitidas, o banco está em forte queda. Já alcançou um novo mínimo histórico, numa sessão em que o Bank Millennium na Polónia está também em forte queda.
As acções do BCP estão novamente em queda esta sexta-feira, 3 de Junho. Perdem 1,83% para 2,62 cêntimos, numa sessão em que já chegaram a tocar num mínimo de 2,57 cêntimos. O valor mais baixo de sempre, numa sessão em que até arrancaram em alta e em que está o Millennium da Polónia está também a negociar em forte queda.
Esta é já a sétima sessão consecutiva de quedas para o banco liderado por Nuno Amado, sendo que nas últimas três renovou mínimos históricos. Isto depois de na quinta-feira, 2 de Junho, as acções terem passado grande parte da sessão em alta, invertendo a tendência apenas na última transacção.
Só esta sexta-feira já foram negociadas mais de 100 milhões de acções. Um valor elevado face à média diária de 339,5 milhões de títulos transaccionados. De destacar que a proibição de vendas a descoberto imposta pela CMVM terminou na quinta-feira, pelo que voltou a ser permitida nesta sessão. Uma estratégia que pressiona os títulos, já que os investidores estão a apostar na queda.
Com a queda de hoje o BCP eleva para 47% a perda no acumulado do ano, o que baixou a capitalização bolsista para 1.529 milhões de euros.
Em destaque esta sessão está também o Millennium Bank, a instituição polaca da qual o BCP é o principal accionista. Segundo o jornal Gazeta Wyborcza, citado pela Bloomberg, a última proposta para a conversão dos créditos hipotecários é que estas sejam voluntárias para as famílias, sendo que terão acesso a uma taxa mais acessível que a actual.
A decisão final só será tomada pelo Presidente Andrzej Duda a 7 de Junho, sendo que várias opções foram já consideras. Mas as acções do Millennium Bank estão a ser penalizadas. Perdem 0,22% para 4,54 zlotys, numa sessão em que já tocaram em 4,35 zlotys, o valor mais baixo em três anos.
Isabel dos Santos: BPI vs. BCP
O Governo de Angola nomeou Isabel dos Santos a nova presidente do Conselho de Adminsitração da Sonangol, a petrolífera angolana que detém uma participação de 17,84% no BCP. Uma nomeação que leva o Haitong a questionar se "Isabel dos Santos pode considerar vender a sua participação no BPI", bem como "potencialmente reinvestir no BCP, embora nenhum comentário sobre isso tenha sido feito".
Os analistas do banco consideram também que se Isabel dos Santos "reinvestir no BCP, não sabemos se poderá comprar novas acções no mercado ou simplesmente comprar [a participação] da Sonangol". "Acreditamos que é pouco provável que os reguladores permitam que Isabel dos Santos esteja envolvida com duas empresas, a Sonangol e a Santoro, que têm participações qualificadas em dois bancos diferentes em Portugal", conclui.
O Negócios noticia hoje que o BPI e o Santander também estão a participar no processo de venda do Novo Banco, sendo que tal como o BCP, os dois bancos pediram acesso à informação confidencial sobre a instituição de Stock da Cunha. No caso do banco liderado por Nuno Amado, a compra do Novo Banco pode exigir um aumento de capital de 2 mil milhões de euros.
(Notícia actualizada às 09:26, com mais informação)