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BCP paga juro de 5,625% por 500 milhões de euros em dívida a três anos

O banco liderado por Miguel Maya esteve esta segunda-feira no mercado para uma emissão de novas obrigações. Foi a primeira operação do género desde que tem "rating" de investimento pelas quatro principais agências de notação financeira.

BCP falha recuperação do setor
25 de Setembro de 2023 às 20:45
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O BCP emitiu 500 milhões de euros em nova dívida a três anos, naquela que foi a primeira colocação desde a subida de "rating" pela Fitch. A forte procura pelos títulos do banco - que superou em mais de três vezes a oferta - levou o prémio a cair ao longo da operação, tendo a taxa de juro ficado nos 5,625%.

"O Banco Comercial Português, S.A. ("Banco") informa que fixou hoje [segunda-feira] as condições de uma emissão de títulos representativos de dívida sénior preferencial elegível para MREL (Minimum Requirement for own funds and Eligible Liabilities) ao abrigo do seu Euro Note Programme", anunciou em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A emissão, no montante de 500 milhões de euros, terá um prazo de três anos, com opção de reembolso antecipado pelo banco no final do segundo ano. O preço foi de 99,825% e a taxa de juro foi fixada em 5,625%, ao ano, durante os primeiros dois anos.


A taxa corresponde a um "spread" de 190 pontos base (bps) sobre a taxa "mid-swap" do euro a dois anos. No terceiro ano, a taxa de juro resultará da soma da Euribor a três meses com um "spread" de 1,9%.

"A colocação da emissão foi feita numa base muito diversificada de investidores institucionais, tendo a procura superado em mais de três vezes o montante da operação", explica sobre a colocação, na qual Bank of America, BNP Paribas, JP Morgan, Millennium BCP e Morgan Stanley atuaram como "book runners".

A forte procura levou a uma quebra no prémio pedido pelos investidores. As ordens superaram os 1,6 mil milhões de euros e o prémio caiu face aos 220 pontos na abertura dos livros.

"A
 elevada procura e o perfil dos investidores envolvidos na emissão possibilitaram o estreitamento do 'spread' em 30bps durante a fase de execução, refletindo também uma excelente resposta do mercado aos recentes 'upgrades' do 'rating' do banco, que agora tem atribuídas notações de 'rating' 'investment grade' pela Moody’s, S&P Global, Fitch e DBRS para dívida sénior preferencial", acrescenta.

Esta foi a primeira emissão desde que, na semana passada, Fitch reviu em alta o "rating" da dívida a longo prazo do BCP.

Antes desta revisão, a agência de notação financeira atribuía um "rating" de "BB+", o primeiro nível de investimento especulativo, ou de "lixo". 
O banco português passou assim a ser visto como investimento de qualidade pelas quatro maiores agências de "rating": DBRS, Moody's, S&P e Fitch.
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