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BCP avança com nova ação contra Berardo

Banco interpôs uma ação no Tribunal da Madeira contra três sociedades ligadas ao comendador: a Associação de Coleções, a Bacalhôa - Vinhos de Portugal e a Statuschange. Ação reclama bens no valor de 8,2 milhões de euros.

O banco liderado por Miguel Maya lidera os ganhos do setor na Europa em 2022, com uma subida de 21%.
Duarte Roriz
10 de Fevereiro de 2022 às 08:44
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O Millennium BCP interpôs uma ação contra várias entidades de Joe Berardo no valor de 8,2 milhões de euros. A Associação de Coleções, a Bacalhôa e uma sociedade chamada Statuschange – que detém várias marcas ligadas ao comendador desde 2020 – são as visadas na ação contra Berardo que deu entrada no Tribunal da Comarca da Madeira, no Funchal, avança o Eco.  


A ação do banco é pauliana, ou seja, é uma ação civil que tem como objetivo ir atrás de bens ou valores que alegadamente iriam ser usados por devedores insolventes para o pagamento numa ação de execução. Caso a ação venha a ser julgada pelo tribunal, o BCP poderá executar os bens das empresas em causa para a restituição da dívida. Berardo é um dos maiores devedores do banco.


Nem o Millennium BCP nem Joe Berardo teceram comentários ao Eco sobre a ação agora interposta.


Entidades envolvidas


Entre as entidades na mira do BCP está a Associação de Coleções através da qual foi inaugurado o Berardo – Museu Arte Deco (B-MAD) há cerca de um ano, com coleções de Arte Nova e Arte Deco de Berardo. A coleção principal – exposta no Centro Cultural de Belém - está noutra associação do comendador: a Associação Coleção Berardo, que está envolvida noutro processo conjunto do Millennium BCP, da Caixa Geral de Depósitos e do Novo Banco. As obras são reclamadas para efeitos de execução de dívidas de cerca de mil milhões de euros mas, até hoje, a banca ainda não conseguiu ter acesso à coleção.


A Bacalhôa Vinhos de Portugal é a empresa de vinhos controlada pelo empresário madeirense desde 1998, explorando 40 vinhas em sete regiões vitícolas portuguesas. Também está presente no setor do enoturismo com o Palácio da Bacalhôa, em Azeitão, e o Bacalhôa Buddha Eden, no Bombarral, entre outros.


Já a sociedade Statuschange, foi fundada em 2017 com o objeto de "prestação de serviços de consultoria estratégica, de gestão e reestruturações societárias". Foi para esta sociedade que foram transferidas várias marcas entre as quais a Bacalhôa, o Museu Berardo Estremoz, o BuddhaEden e o Monte Palace Madeira em 2020, segundo o Expresso.

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