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BCE dá mais flexibilidade aos bancos para apoiar a economia

O banco liderado por Christine Lagarde avançou com mais um conjunto de medidas, esta sexta-feira, de maneira a ajudar os bancos a apoiarem a economia, penalizada pela Covid-19.

Lagarde disse-o de todas as maneiras      possíveis: esta não é a hora de os bancos centrais, mas sim dos governos, avançarem com estímulos orçamentais.
Kai Pfaffenbach/Reuters
20 de Março de 2020 às 15:39
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O Banco Central Europeu (BCE) anunciou esta sexta-feira mais medidas para garantir que os bancos por si supervisionados podem continuar a apoiar as famílias e empresas penalizadas pelo impacto do coronavírus. O objetivo é flexibilizar as regras de supervisão a serem aplicadas nos empréstimos com garantias estatais.

"O BCE apoia todas as iniciativas destinadas a disponibilizar soluções sustentáveis para devedores em dificuldades" no contexto da atual pandemia, avança o banco central num comunicado enviado esta sexta-feira. 

Neste sentido, o BCE vai ser mais flexível relativamente ao tratamento dos non-performing loans (NPL, na sigla em inglês)", para "permitir que bancos beneficiem totalmente das garantias e moratórias implementadas pelas autoridades nacionais" para apoiar as famílias e as empresas.

Em primeiro lugar, diz, dentro dos seus poderes e de forma temporária, "os supervisores vão ser mais flexíveis na classificação" de devedores em risco de incumprimento "quando os bancos solicitarem ajudas públicas no contexto do coronavírus". O supervisor vai ainda aplicar a mesma flexibilidade relativamente às moratórias nos créditos disponibilizadas neste contexto.

Em segundo, os "créditos que entrem em incumprimento e que estejam sob garantias públicas vão beneficiar de tratamentos prudenciais preferenciais em termos das expectativas de supervisão sobre provisionamento de perdas".

Por fim, os supervisores vão também ser "totalmente flexíveis" quando discutirem com os bancos a "implementação de estratégias de redução dos NPL", tendo em conta as condições do mercado num período marcado por uma pandemia.

De acordo com o BCE, este alívio de capital deverá totalizar 120 mil milhões em capital CET1. "Este alívio está disponível para os bancos absorverem perdas sem provocar nenhuma ação de supervisão ou potencialmente financiar até 1,8 biliões de euros em empréstimos às famílias e empresas que precisam de liquidez extraordinária", remata.

O Governo anunciou esta semana um conjunto de linhas de crédito de 3 mil milhões de euros para ajudar as empresas em maiores dificuldades devido à Covid-19 e que são garantidas pelo Estado. Entre as medidas, está também em cima da mesa uma moratória nos créditos.

(Notícia atualizada.)
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