No princípio do ano o BBVA estimava colocar 1.100 funcionários com idade igual ou superior a 54 anos em pré-reforma. Porém, esta medida de redução da sua força de trabalho é considerada pela entidade como insuficiente para garantir a sustentabilidade da instituição no mercado espanhol.

Por esta razão, a entidade financeira pretende agora aumentar o número de pré-reformas, que segundo fontes sindicais consultadas pelo El Confidencial poderão superar os 1.500 trabalhadores. Esta é uma das principais consequências da mudança de modelo que está a desenvolver o banco, que neste momento projecta alterar vários dos serviços do grupo para o digital.

A estes processos de despedimentos, soma-se o encerramento de balcões em toda Espanha, como já aconteceu em Portugal, onde o banco anunciou há umas semanas o encerramento de mais da metade das agências no país, num total de 43 (passando de 81 para 38).

A este respeito, uma das medidas apuradas pela entidade é a criação das "agências unipessoais", isto é, as sucursais mais pequenas ficarão apenas com um funcionário, podendo eventualmente ter o acompanhamento de mais um trabalhador temporário. Ainda em fase experimental, apenas há 15 em toda Espanha, o banco confia reduzir custos através desta medida.   

Com todas estas medidas espera-se uma redução das despesas do grupo de entre 160 a 180 milhões de euros a partir do próximo ano. Por outro lado, a entidade salienta que o pacote de medidas de reestruturação não está, em nenhum caso, relacionado com a aquisição em Julho do banco catalão Catalunya Banc.