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Bancos catalães admitem mudar a sede se ganhar “sim” no referendo
Os dois maiores bancos catalães admitem mudar as suas sedes para outra região espanhola caso o “sim” vença no referendo para a independência da Catalunha. De acordo com o jornal El Mundo, o CaixaBank e o Sabadell já comunicaram a decisão a investidores internacionais.
Os dois maiores bancos catalães admitem mudar as suas sedes para fora da Catalunha caso o "sim" vença no referendo para a independência daquela região autónoma espanhola.
De acordo com o jornal El Mundo o CaixaBank e o Sabadell já comunicaram a investidores internacionais esta possibilidade que de acordo com as duas instituições financeiras pretende "assegurar os interesses dos seus accionistas e clientes".
O diário espanhol escreve esta notícia com base numa análise do banco de investimento suíço UBS para a qual "colaboraram fontes conhecedoras dos contactos destas entidades financeiras com representantes de investidores".
O El Mundo refere que o documento com o título "Atentos à Catalunha" diz que "os bancos já tomaram as medidas adequadas para mudar a sede, se necessário, para minimizar qualquer impacto potencial no seu acesso às potenciais fontes de financiamento".
A mudança de sede para uma outra comunidade autónoma de Espanha permitiria aos bancos manter o acesso aos leilões de liquidez do Banco Central Europeu, que são fundamentais para a sua actividade bancária. Por outro lado, manteria os seus clientes sob a protecção do Fundo de Garantia de Depósitos nacional e europeu.
De acordo com o jornal espanhol, que cita "fontes financeiras", os executivos dos dois bancos catalães explicaram aos investidores internacionais que têm um plano B para o caso de se tornar "incontrolável o braço de ferro iniciado pela Generalidade da Catalunha com o Estado espanhol".
Uma semana antes do referendo na Escócia, que ocorreu na quinta-feira passada, os bancos Royal Bank of Scotland e Lloyd’s também tornaram público que mudariam as suas sedes caso ganhasse o "sim" à independência.
O presidente catalão Artur Mas assinará nos próximos dias o decreto de convocatória da consulta soberanista de 9 de Novembro, depois da publicação na terça-feira no diário oficial da região da nova lei de consultas.