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“Bancos têm de criar almofadas para não voltarmos a momentos de aflição”

Governador avisa que os bancos devem usar os resultados positivos para se precaverem para períodos negativos.

Rodrigo Antunes/Lusa
19 de Junho de 2024 às 11:17
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O Governador do Banco de Portugal entende que as instituições financeiras devem usar os resultados altamente positivos alcançados neste ciclo de política monetária para constituírem almofadas para fazer face a momentos negativos no futuro.

Em 2023 os juros do Banco Central Europeu ajudaram o sistema bancário nacional a obter lucros recorde, mas Mário Centeno alerta que este ciclo vai terminar.

"Estes resultados são transitórios, temporários, eles não vão permanecer, o ciclo de taxas de juros vai continuar a evoluir, os juros vão baixar se a inflação nos ajudar, coisa que está a fazer, e a situação financeira dos bancos vai alterar-se de novo". Por isso, diz o Governador, os bancos "devem poupar, como fazemos aliás todos nas nossas vidas, nos momentos em que temos este ponto alto do ciclo para depois não voltarmos a viver momentos de aflição no sistema bancário, que eu acho que estão totalmente fora dos cenários", afirmou na Comissão de Orçamento e Finanças.

Centeno sublinha que s resultados excecionalmente elevados de 2023 são apenas uma parte da história.

"Se somarmos os resultados dos bancos desde a crise financeira, já incluindo os resultados de 2023, a média dos resultados para todo o sistema bancário nacional é de 120 milhões de euros positivos", calculou.

"Nós conseguimos, num contexto muito difícil, levar os bancos portugueses para o topo do desempenho nos bancos na Europa. E não há nenhum país possa ter um plano de desenvolvimento sustentável se o sistema financeiro não estabilizar", destacou.
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