Notícia
Bancos apontam culpas ao legislador pelo aumento das comissões
Associação liderada por Vítor Bento nega que os bancos pratiquem comissões "excessivas ou abusivas" e diz ainda que o Parlamento está a "determinar um incremento do custo" dos serviços bancários.
14 de Fevereiro de 2023 às 08:52
A Associação Portuguesa de Bancos (APB) culpa o Parlamento pelo aumento das comissões pelos serviços prestados e considera que proibir essas comissões pode violar a Constituição portuguesa e ter "consequências indesejáveis" como o desincentivo à inovação ou a redução da oferta a médio prazo, avança esta terça-feira o Eco.
Num parecer enviado à comissão de orçamento e finanças (COF), onde estão a ser discutidos dois projetos de lei (do PS e PAN) que preveem o fim de algumas comissões relacionadas com o crédito à habitação, a APB nega a ideia de que os bancos pratiquem comissões "excessivas ou abusivas" e diz que o atual nível de comissionamento está abaixo do "real custo dos serviços" e do nível de comissionamento bancário praticados noutros Estados europeus.
A associação liderada por Vítor Bento diz ainda que, sempre que o legislador aumenta os deveres de informação e obriga aos bancos a cumprir requisitos mais exigente ao nível da cibersegurança e combate ao terrorismo ou branqueamento de capitais, "está, clara e consequentemente, a determinar um incremento do custo" dos serviços bancários.
Em dez anos, o aumento da regulação traduziu-se num aumento 5% para 15% de trabalhadores afetos a áreas de controlo, risco, "compliance" e reporte a supervisores, indica.
Num parecer enviado à comissão de orçamento e finanças (COF), onde estão a ser discutidos dois projetos de lei (do PS e PAN) que preveem o fim de algumas comissões relacionadas com o crédito à habitação, a APB nega a ideia de que os bancos pratiquem comissões "excessivas ou abusivas" e diz que o atual nível de comissionamento está abaixo do "real custo dos serviços" e do nível de comissionamento bancário praticados noutros Estados europeus.
Em dez anos, o aumento da regulação traduziu-se num aumento 5% para 15% de trabalhadores afetos a áreas de controlo, risco, "compliance" e reporte a supervisores, indica.