O Banco de Espanha aumentará a supervisão às instituições bancárias do país, com o objectivo de controlar se cumprem os critérios de solvência e garantir que passam nos testes do Banco Central Europeu (BCE). Neste processo, a entidade liderada por Linde estará a utilizar “novas ferramentas de análise prospectiva” para certificar-se do “estado de saúde” do sector bancário espanhol, explica o “El País”.

Antes do final de 2013, o Banco de Espanha, deverá ter pronta uma análise detalhada que identifique os problemas do sector financeiro. Na Europa, subsistem dúvidas de que a reestruturação da banca espanhola tenha terminado, devido, em grande parte, aos défices de capital das unidades bancárias.

As incertezas que persistem quanto à economia espanhola obrigam à prudência. A elevada taxa de desemprego e a queda dos preços dos activos imobiliários estão a aumentar a necessidade aumentar as provisões na banca, refere o diário espanhol.

Será perante este cenário que a troika (Comissão Europeia, BCE e FMI) avaliará se continua a financiar o sector. O empréstimo concedido pelas autoridades internacionais à banca espanhola totalizou 100 mil milhões de euros, mas apenas 40 mil milhões de euros foram utilizados.

A passagem da supervisão de 95% da banca espanhola para o BCE, em Outubro de 2014, é outro dos motivos para a autoridade liderada por Luis Maria Linde querer aumentar a vigilância no sector bancário.

Antes disto, em Março de 2014, a autoridade monetária pedirá aos bancos centrais de cada estado-membro que examine os bancos, para obter uma análise detalhada do sector.