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Banco italiano Monte dei Paschi oferece 13,3 mil milhões de euros pelo Mediobanca
Depois do resgate público e da reprivatização, banco italiano Monte dei Paschi quer adquirir a totalidade das ações do Mediobanca. Banco de investimento fala em OPA hostil.
O banco italiano Monte dei Paschi di Siena, resgatado no passado, ofereceu 13,3 mil milhões de euros para comprar a totalidade das ações do concorrente Mediobanca, que diz que a oferta é "hostil" e que deverá ser recusada.
A notícia está a ser avançada por vários meios de comunicação social nesta sexta-feira, 24 de janeiro, incluindo a Reuters.
Monte dei Paschi (MPS), que durante anos foi o problema da banca italiana até ter sido resgatado em 2017 pelo Estado, está a oferecer 23 das suas próprias ações por cada 10 do Mediobanca, o que equivale a um prémio de 5% face ao preço de fecho de quinta-feira.
A finalização do acordo de troca está prevista para o final de setembro, escreve a Reuters.
A oferta de aquisição surge depois de Itália reprivatizar o banco toscano, uma operação que trouxe, em novembro, acionistas como Delfin, a holding do falecido bilionário Leonardo Del Vecchio e do também magnata Francesco Gaetano Caltagirone.
Mediobanca acusa Monte dei Paschi de OPA hostil
Nas reações, o Mediobanca opõe-se à oferta de aquisição do Monte dei Paschi di Siena, considerando que é hostil, segundo uma fonte conhecedora do processo citada pela Bloomberg.
O Mediobanca vê a oferta como hostil e deve rejeitá-la, segundo a mesma fonte, que pediu anonimato à Bloomberg por se tratarem de informações privadas. Os porta-vozes do Mediobanca e do Monte Paschi não quiseram comentar.
Nas primeiras reações dos analistas, Hugo Cruz, da KBW, considera que "o potencial de sinergia [entre os dois bancos] é limitado". E acrescenta: "A nossa primeira impressão é que esta oferta tem hipóteses limitadas de sucesso."