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Banco italiano Monte dei Paschi oferece 13,3 mil milhões de euros pelo Mediobanca

Depois do resgate público e da reprivatização, banco italiano Monte dei Paschi quer adquirir a totalidade das ações do Mediobanca. Banco de investimento fala em OPA hostil.

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O banco italiano Monte dei Paschi di Siena, resgatado no passado, ofereceu 13,3 mil milhões de euros para comprar a totalidade das ações do concorrente Mediobanca, que diz que a oferta é "hostil" e que deverá ser recusada.

A notícia está a ser avançada por vários meios de comunicação social nesta sexta-feira, 24 de janeiro, incluindo a Reuters.

Monte dei Paschi (MPS), que durante anos foi o problema da banca italiana até ter sido resgatado em 2017 pelo Estado, está a oferecer 23 das suas próprias ações por cada 10 do Mediobanca, o que equivale a um prémio de 5% face ao preço de fecho de quinta-feira. 

Especializado em investimento e gestão de fortunas, o Mediobanca tem um valor de mercado de 12,7 mil milhões de euros
Por sua vez, o MPS atingiu uma capitalização de 8,8 mil milhões de euros, com as ações a triplicarem em valor desde novembro de 2022, depois de o diretor-executivo Luigi Lovagli ter realizado uma operação que financiou o despedimento de milhares de trabalhadores e levou o banco aos lucros através do corte de custos. 
A união dos dois bancos pode oferecer uma rede comercial ao Mediobanca, que era conhecido como um banco de boutique e credor das maiores empresas italianas antes de se mudar para a gestão de fortunas sob a gestão do diretor-executivo Alberto Nagel.
A MPS, que pretende retirar o Mediobanca da bolsa de Milão, estimou lucros antes de impostos de 700 milhões de euros por ano decorrentes da fusão. Isso permitiria ao banco utilizar créditos fiscais de perdas passadas, acrescentando 500 milhões de euros por ano durante seis anos ao seu lucro.

A finalização do acordo de troca está prevista para o final de setembro, escreve a Reuters. 

A oferta de aquisição surge depois de Itália reprivatizar o banco toscano, uma operação que trouxe, em novembro, acionistas como Delfin, a holding do falecido bilionário Leonardo Del Vecchio e do também magnata Francesco Gaetano Caltagirone.

Mediobanca acusa Monte dei Paschi de OPA hostil 

Nas reações, o Mediobanca opõe-se à oferta de aquisição do Monte dei Paschi di Siena, considerando que é hostil, segundo uma fonte conhecedora do processo citada pela Bloomberg. 


O Mediobanca vê a oferta como hostil e deve rejeitá-la, segundo a mesma fonte, que pediu anonimato à Bloomberg por se tratarem de informações privadas. Os porta-vozes do Mediobanca e do Monte Paschi não quiseram comentar.

Nas primeiras reações dos analistas, Hugo Cruz, da KBW, considera que "o potencial de sinergia [entre os dois bancos] é limitado". E acrescenta: "A nossa primeira impressão é que esta oferta tem hipóteses limitadas de sucesso."

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