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Aumento da idade da reforma ajudou contas do Montepio

Acordo de empresa assinado no final de Dezembro rendeu um resultado extraordinário de 46,6 milhões de euros em 2016, contribuindo para a redução dos prejuízos para 80 milhões de euros.

Pedro Elias
28 de Março de 2017 às 10:41
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A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) deverá apresentar as contas entre hoje e amanhã, antes da assembleia-geral da Associação Mutualista marcada para quinta-feira. A equipa liderada por Félix Morgado vai apresentar uma redução dos prejuízos, ajudada por ganhos não recorrentes, segundo apurou o Negócios. 

O banco deverá apresentar uma descida dos prejuízos, de 243,4 milhões para cerca de 80 milhões, como avançou o Expresso este sábado. De acordo com números obtidos pelo Negócios, o produto bancário, que contabiliza os ganhos em margem financeira e as comissões cobradas, diminuiu cerca de 16%, de 455 para 382 milhões de euros.

A CEMG deverá ter registado um aumento das imparidades de crédito na ordem dos 200 milhões para um valor acumulado de cerca de 1,47 mil milhões de euros.

A diminuição expressiva dos prejuízos beneficiou de vários efeitos extraordinários. Segundo números obtidos pelo Negócios, só o aumento da idade da reforma para 66 anos e três meses, acordado no âmbito do acordo de empresa negociado com os sindicatos e assinado a 27 de Dezembro de 2016, gerou um ganho de 39,3 milhões. 

A este valor acrescem ganhos de 7,3 milhões de euros com a alteração dos prémios de antiguidade, também no âmbito do acordo de empresa.

 

A Almina, a sociedade mineira que a CEMG pretendia vender a uma sociedade veículo financiada pelo próprio banco, operação "chumbada" pelo conselho de supervisão, como noticiou recentemente o Diário de Notícias, também gerou uma mais-valia. A reavaliação deste activo, onde a Caixa Económica tem uma participação de 19%, gerou um ganho de 19 milhões.

 

Estes resultados não recorrentes, onde se inclui ainda a venda de carteiras de imóveis intragrupo e a alienação da participação na Visa Europe, geraram ao todo 151,6 milhões de euros a abater aos prejuízos.

Os números a que o Negócios teve acesso não discriminavam rubricas importantes da demonstração de resultados, como a evolução da margem financeira ou dos custos, nem continham dados sobre o balanço ou rácios de cobertura de crédito em risco e de capital. A avaliação completa das contas da CEMG só será possível com a divulgação integral das mesmas, o que deverá acontecer entre hoje e amanhã, antes da assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio Geral, marcada para quinta-feira.

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