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Audições da comissão de inquérito ao Novo Banco arrancam para a semana

Depois de a pandemia ter adiado os trabalhos por várias vezes, as audições da comissão de inquérito ao Novo Banco deverão começar a partir de 8 de março.

A auditoria aos atos de gestão do BES e do Novo Banco foi entregue pela Deloitte ao Governo na semana passada.
Pedro Nunes/Reuters
01 de Março de 2021 às 11:11
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Depois de os trabalhos terem sido suspensos por várias vezes devido à pandemia de covid-19, as audições da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco deverão arrancar a partir de 8 de março. 

"Estamos a fazer os possíveis para as audições começarem para a semana", afirma Fernando Negrão, presidente da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, ao Negócios, confirmando a informação avançada pela revista Visão no sábado. 

O responsável adianta ainda que o objetivo é que as audições sejam todas presenciais, não estando ainda definida qual a ordem de nomes a ouvir. Isto dependerá da disponibilidade de quem vai ser chamado ao Parlamento.

A Visão adiantou, no fim de semana, que João Costa Pinto, autor do relatório sobre a atuação do Banco de Portugal (BdP) no período que antecedeu a resolução do Banco Espírito Santo, deverá ser o primeiro a ser ouvido na comissão. 

Depois de vários pedidos para que este documento fosse revelado, nomeadamente por parte do Bloco de Esquerda, o relatório acabou por ser entregue aos deputados. É, no entanto, confidencial. 

As audições deverão dividir-se em quatro blocos. Numa primeira fase, além do ex-vice-governador do BdP, serão ainda chamados ex-responsáveis do regulador, como Pedro Machado e Luís Costa Ferreira, mas também Carlos Costa, ex-governador, Pedro Duarte Neves, ex-vice-governador, e ainda Vítor Constâncio, refere a revista. 

João Moreira Rato, ex-administrador financeiro do BES e do Novo Banco, José Honório, ex-vice-presidente do BES e do Novo Banco, Vítor Bento, que foi presidente executivo dos dois bancos na fase de transição do verão de 2014, e Pedro Ventura, do Fundo de Resolução, deverão ser os últimos quatro nomes a ser ouvidos nesta primeira fase.

Poderá ainda ser chamado o presidente da KMPG e César Brito, que está à frente da comissão liquidatária do BES.

Esta iniciativa parlamentar está prevista durar 120 dias, mas poderá ser prolongada. No final do ano passado, João Paulo Correia, deputado socialista e coordenador do respetivo grupo parlamentar nesta nova comissão de inquérito, afirmou, ao Negócios, que o "mais certo é que haja uma prorrogação de pelo menos um mês" em relação aos quatro meses previstos para a duração.

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