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Inquérito ao Novo Banco: PAN chama Rui Pinto, Carlos Costa e Centeno ao Parlamento

O partido quer ouvir mais de 30 personalidades e pediu acesso a 17 documentos, no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco.

28 de Dezembro de 2020 às 15:29
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O PAN quer ouvir mais de 30 personalidade e ter acesso a quase duas dezenas de documentos no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco. Entre os nomes está o "hacker" Rui Pinto. 

O requerimento foi entregue esta segunda-feira, 28 de dezembro, no Parlamento, naquele que é o prazo limite para os partidos fazerem chegar a lista de nomes e documentos que querem ouvir ou ter acesso na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.

"Pretendemos com estes pedidos procurar esclarecer tudo aquilo que neste momento não é claro quanto à gestão do Novo Banco. Exemplo disso são as ligações de caráter duvidoso no âmbito do processo das vendas a preço de saldo dos ativos dos projetos Viriato e Sertorius e da seguradora GNB Vida", afirma o deputado e porta-voz do PAN, André Silva, num vídeo divulgado esta segunda-feira.


PAN quer chamar ao Parlamento cerca de 30 personalidades no inquérito ao Novo Banco
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O PAN - Pessoas-Animais-Natureza entregou uma lista de 32 pedidos de audição e de um pedido de acesso a 17 dossiers de documentação.
Ao todo, o PAN quer chamar 32 personalidades ao Parlamento. A lista inclui Carlos Costa, ex-governador do Banco de Portugal (BdP), mas também João Costa Pinto, ex-vice-governador. Isto além de Mário Centeno, enquanto ex-ministro das Finanças (é o atual governador do BdP) mas também António Ramalho, CEO do Novo Banco, e Byron Haynes, presidente do Conselho Geral e de Supervisão.

Byron Haynes "tem de esclarecer ao Parlamento os claros indícios de conflito de interesses que lhe estão associados neste contexto", refere o deputado André Silva. 


O partido vai ainda querer ouvir Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, 
Maria Luís Albuquerque, Ricardo Mourinho Félix, na qualidade de ex-secretário de Estado Adjunto e das Finanças, e Vítor Bento, entre outros. 

Também Rui Pinto consta desta lista. "Uma vez que a Comissão Eventual de Inquérito vai também abranger o período antecedente à resolução do BES e nessa sede procurará apurar e avaliar as práticas de gestão do Banco que possam ter conduzido a perdas e variações patrimoniais negativas, o PAN pretende ver esclarecido um conjunto de perdas do BES associadas ao BES-Angola e que até hoje permanecem obscuras", refere. Nesse sentido, "chamará à comissão Rui Pinto para que apresente os documentos que afirma comprovarem um desvio de 600 milhões de euros".

Quanto aos documentos pedidos, são ao todo 17 os referidos no requerimento do PAN. Entre estes incluem-se o parecer do Departamento de Compliance do Novo Banco, de 10 de Abril de 2018, relativo à escolha da Alantra para a assessoria financeira no âmbito do projecto Viriato, mas também pareceres do Departamento de Compliance do Novo Banco, atas do Conselho de Administração Executivo e documentação de suporte de decisão que se refiram ao Projecto Viriato, ao Projeto Nata I, ao Projecto Nata II, ao Projeto Albatros, ao Projecto Sertorius e à alienação da seguradora GNB Vida. 

Ao Banco de Portugal, pede o Relatório da Comissão de Avaliação das Decisões e actuação do Banco de Portugal na Supervisão do BES, tal como o PSD e o Bloco de Esquerda. 

O pedido de documentação chegará também ao Ministério das Finanças, Fundo de Resolução, PwC, grupo Alantra, Deloitte e CMVM. 
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