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Partidos aceitam ouvir Stock da Cunha sobre despedimentos

O PS convocou o líder do Novo Banco devido ao possível despedimento de 500 trabalhadores. Os partidos aceitaram. As audições de Stock da Cunha e da comissão de trabalhadores só acontecerá na segunda metade de Março.

Bruno Simão
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt | Lusa 02 de Março de 2016 às 16:32

A audição de Eduardo Stock da Cunha, para falar sobre a intenção de avançar com um despedimento colectivo de 500 trabalhadores, foi aprovada por todos os partidos presentes na comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social. 

 

De acordo com indicação dada por fonte parlamentar à agência Lusa, apesar da unanimidade do voto, ainda não há data marcada para as audições, não só de Stock da Cunha como também da comissão de trabalhadores do Novo Banco.

 

Certo é que as audições só deverão ocorrer após a discussão do Orçamento do Estado, cuja votação final acontece a 16 de Março.

 

Uma reunião que acontece depois da proposta do partido Socialista que, a 26 de Fevereiro, pediu explicações sobre o tema. No requerimento, o grupo de deputados socialistas considerou que, "atendendo ao actual enquadramento institucional do Novo Banco e ao impacto social resultante dos possíveis despedimentos que foram anunciados", faz sentido ouvir não só o presidente da administração do Novo Banco mas também a comissão de trabalhadores.

 

O requerimento do PS foi enviado depois de, na quinta-feira, 25 de Fevereiro, a comissão de trabalhadores, após um encontro com a administração, ter revelado que há um compromisso de redução de 1.000 postos de trabalho na instituição financeira, sendo que 500 trabalhadores deverão sair no âmbito de um despedimento colectivo (parte dos restantes 500 já saíram ou sairão no âmbito de rescisões e reformas antecipadas já acordadas). O objectivo do banco, como explicou num comunicado aos funcionários, é alcançar uma diminuição de custos de 150 milhões de euros. O Novo Banco tem de impor vários remédios para cumprir as limitações impostas pela Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia. 

 

Além das audições, o grupo liderado pelo deputado Tiago Barbosa Ribeiro pede, igualmente, documentos que provem a necessidade de cortes de pessoal. "O grupo parlamentar do Partido Socialista requer também o envio do estudo de avaliação organizacional, os mapas comparativos entre o número de efectivos existentes e o número de postos de trabalho necessários, e qualquer outro documento relevante neste processo", solicita o requerimento.

 

Os vários sindicatos do sector têm-se mostrado contra a opção e pretendem que a redução de pessoal seja feita apenas com base em acordos amigáveis e não com um despedimento colectivo. A concretizar-se, será o de maior dimensão na banca nacional. 

Publicamente, o Banco de Portugal já veio mostrar o seu apoio ao plano de reestruturação que a gestão liderada por Eduardo Stock da Cunha quer implementar no Novo Banco. 

Já a administração do banco defendeu que a redução de pessoal é um compromisso assumido com a Comissão Europeia. Em carta aos trabalhadores, enviada na sexta-feira, 26 de Fevereiro, anunciou que "prosseguirá agora, num trabalho conjunto com as estruturas representantes dos trabalhadores, com vista a definir as vias mais adequadas para alcançar a redução total imposta pelas autoridades no prazo que permita atingir a redução de custos operacionais, igualmente exigida, de 150 milhões de euros em 2016". 



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